Jornal Correio Braziliense

Turismo

O Lago de Atitlán é a pedida para quem quer se aproximar das origem do país

Rodeado pelos imponentes vulcões Tolimán, Atitlán e San Pedro, o Lago de Atitlán, no departamento de Sololá, tem uma beleza incomparável. Ele surgiu após uma grande explosão e inundação de um vulcão há 85 mil anos. Estima-se que a profundidade seja de 340 metros, embora o nível de água mude, curiosamente, a cada ano, em uma área total de 126km;. A transformação, comandada pela natureza, deu ao lugar um aspecto misterioso e paradisíaco, atraindo inclusive estrangeiros, que largam tudo para construir casas ali. Somam-se a eles os chamados povos do lago, que vivem do que a rica terra vulcânica oferece.

[SAIBAMAIS]Aos hospedar-se em um dos vários hotéis ao redor do local, não perca tempo. Levante cedo e alugue uma das embarcações disponíveis para conhecer o povoado. Em 30 minutos de passeio se chega a San Juan La Laguna, um dos mais tradicionais. A população é muito amistosa e o clima, mesmo quente, é agradável. Circulando a pé ou por meio dos tuk-tuks, o visitante conhece as principais atividades desenvolvidas pelas cooperativas.

As tecelãs resistem ao tempo e tentam manter viva a cultura antiga para tecer roupas maias tradicionais, como os ponchos, as saias e as blusas, que grande parte da população guatemalteca usa. Além disso, produzem centros de mesa, toalhas e colchas de cama, que são comercializados a preços um pouco altos, mas que é compensado ao ser ver todo o trabalho feito sem utilização de máquinas. Do quintal, elas retiram o algodão que será transformado em vários novelos de fios milimetricamente moldados a mão. O processo de tingimento é feito com a utilização de sementes, de folhas e de flores. Uma erva pode produzir até 10 tonalidades diferentes.