Jornal Correio Braziliense

Turismo

A bordo de um 4x4, turistas exploram o Dubai Desert Conservation Reserve


Como não poderia deixar de ser, Dubai tem sim seu deserto. Em passeios organizados por agências de viagem, é possível fazer uma espécie de safári pelas dunas do Dubai Desert Conservation Reserve (www.ddcr.org/en/), a menos de uma hora do centro da cidade. A aventura em nada lembra as caravanas de beduínos. Ainda no hotel, você embarca em um confortável veículo 4x4 ; que trafega nas dunas a no máximo 50km/h ; com bancos de couro, ar-condicionado e refrigerantes a bordo. Após 50km de asfalto, entra-se em uma reserva fechada.

A primeira parada é para assistir a uma apresentação de falconaria, um dos esportes preferidos dos sheiks. Falcões adestrados voam sob o comando do instrutor, diante da constante promessa de serem recompensados com comida. Nesse ponto, os guias esvaziam os pneus dos carros para garantir a emoção na montanha-russa das dunas.


A partir daí, prepare seu estômago. O sobe e desce nas montanhas de areia provoca uma espécie de tontura em quase todos os turistas. É praticamente inevitável. Quando se chega à segunda parada, para ver o pôr do sol em meio às dunas do deserto, muitos estão tão mareados que mal conseguem aproveitar o visual.

[SAIBAMAIS]A noite chega e, com ela, a última etapa do safári. Em uma espécie de oásis, é possível dar um curto passeio em um camelo, com direito a muitas fotos, e depois desfrutar de um típico jantar árabe. Nas tendas ao lado, mulheres fazem tatuagens de henna e grupos se formam para fumar narguilés. Há ainda uma apresentação de dança do ventre. No trajeto de volta para o hotel, é quase impossível ficar acordado para ouvir as histórias do guia sírio Yamen Faleh Obeid, da Arabian Adventures, que mora em Dubai há uma década. (MT)


Camelos de competição

No caminho para o deserto, é possível ver, ao lado da estrada, uma pista de corrida de camelos. O guia Yamen Faleh Obeid explica que o local é palco para o esporte número 1 de Dubai. Mas, diferentemente do que ocorre nas corridas de cavalo, não se permite apostar. ;A não ser nas casas clandestinas de aposta;, revela. Para atrair público, são sorteados veículos zero-quilômetro entre a plateia, formada exclusivamente pelos nascidos no Golfo Pérsico (turistas ficam sempre de fora). O guia explica que não há datas fixas para os páreos. ;Depende da vontade e da agenda oficial dos sheiks. As corridas só são realizadas na presença deles;, continua. Os camelos de competição chegam a custar o equivalente a R$ 2,5 milhões. Um comum, entre R$ 3,5 mil e R$ 5 mil.