Jornal Correio Braziliense

Turismo

Em Las Vegas, as fachadas anunciam diversão para todos os gostos e idades

Diz o ditado que Las Vegas é o parque de diversões dos americanos. E bastam não mais do que algumas horas na cidade ; construída no meio do deserto do estado de Nevada ; para dar-se conta que a fama tem fundamento. Lá, adultos viram crianças: os olhos brilham diante dos anúncios de neon, a adrenalina sobe em meio às mesas de jogos e o senso de responsabilidade, muitas vezes, vai para o espaço. É um lugar perigoso para quem não se controla. A maioria dos visitantes, porém, gasta sua cota de loucura anual em alguns dias de pura diversão e volta feliz da vida (ainda que mais pobre) para casa.



A maior marca de Las Vegas ainda é o jogo ; além do sexo ;, mas hoje a cidade está diretamente relacionada também com espetáculos (música, comédia, dança, circo), restaurantes finos, corridas de automóvel, vida noturna e compras. Quem não sabe diferenciar o rei do valete nas cartas de um baralho não tem com o que se preocupar: a satisfação é garantida.

O entretenimento, porém, nem sempre foi o carro-chefe. Las Vegas ganhou fama mundial por causa do jogo, e até o começo da década de 1980 a atividade ainda era ligada ao crime organizado ; daí o apelido de Cidade do Pecado. Foi a máfia, liderada por nomes lendários como Benjamin ;Bugsy; Siegel e Meyer Lansky, que abriu e comandou os primeiros grandes cassinos nos anos pós-Segunda Guerra Mundial. O próprio Bugsy fundou, em 1946, o Flamingo Hotel, um precursor dos resorts que hoje dominam a paisagem local.

A máfia só foi destituída definitivamente no começo da década de 1980, depois de uma enorme operação do FBI (polícia federal americana). Os cassinos foram vendidos a donos legítimos e a cidade passou a ser uma atração mais para turistas e famílias, e menos para os jogadores.