O turista se depara com o universo multicultural de Toronto ao desembarcar no moderno aeroporto da cidade. Asiáticos, árabes, espanhóis, portugueses, com roupas e traços característicos, esperam os passageiros. Indianos e paquistaneses dominam os serviços de táxis. No lobby e nos restaurantes dos hotéis, africanos, latinos e europeus servem os hóspedes.
Metade da população de Toronto nasceu fora do Canadá. A metrópole abriga 200 etnias, de 160 línguas diferentes. Mas não se assuste quanto à comunicação. Quase todos falam inglês. Muitos, francês, o outro idioma oficial do país. Não à toa, bairros viraram redutos dessas comunidades. Lugares conhecidos como Pequena Itália, Pequena Portugal e Pequena Índia.
Mas nenhuma localidade é tão marcante quanto o bairro chinês. Toronto é a cidade da América do Norte com maior população dessa origem e, por isso, tem cinco Chinatowns.
A maior e mais interessante delas fica na região entre a Dunda Street e a Spadina Avenue, na região central. Para quem pode e não tem preguiça de andar, chega-se a pé a partir de qualquer hotel. E não há como explorar o bairro a não ser caminhando.
Além de chineses, a grande Chinatown tem vitrines, vendedores, pratos e bebidas de quase todos os países asiáticos. Vários restaurantes ; aliás, os melhores ; são vietnamitas. Em alguns, pratos de primeira são vendidos a menos de R$ 20. Por essas e outras, diferentemente do que ocorre mundo afora, nas ruas e vielas do bairro de Toronto veem-se pessoas de todas as origens.
Em Chinatown fica o coração do bolsão multicultural da metrópole. Em um quarteirão a oeste de Spadina Avenue, principal via do bairro, o Kensington Market reúne vendedores de quase todos os cantos do planeta. Nas estreitas calçadas da área, formada por quatro quarteirões, eles expõem seus produtos: frutas, discos de vinil, roupas, calçados.
Sempre concorrido nos fins de semana, quando pedestres, ciclistas e carros disputam cada metro, o Kensington Market ainda oferece comida saudável e brechós com roupas em conta. Seus pequenos e aconchegantes restaurantes servem peixes, frutas, verduras e legumes frescos.
Chiques
Do reduto hippie dos anos 1960, Yorkville não tem mais nada. Também vizinho ao centro, o bairro apresenta ruas tomadas por lojas caras, restaurantes finos, gente elegante e carrões de marca. Há muita gente esnobe, mas também cidadãos interessados em arte, pois a região abriga mais de 20 galerias, onde estão expostas obras de alguns dos mais renomados canadenses.
Se quer ver e ser visto, coloque roupas de grife e prepare o bolso. Depois, sente-se à mesa de um dos bares, cafés ou restaurantes de Yorkville. Peça um drinque, uma comidinha e deixe o tempo passar. Para ir às compras, mas de forma econômica, o Eaton Centre é a dica. Com cerca de 300 lojas, o shopping, perto de Yorkville, tornou-se o mais frequentado da cidade.
O jornalista viajou a convite do Turismo de Toronto
Concentração
Capital da província de Ontário, a cidade de Toronto propriamente dita tem cerca de 2,5 milhões de moradores. Sua região metropolitana concentra 5,1 milhões de pessoas. Aproximadamente um terço da população canadense vive dentro de um raio de 160 quilômetros de Toronto.