Esculpidas nos cocos que não deram polpa nem água, as cabeças de Cabedelo são expressivas: remetem imediatamente aos cangaceiros. Vendidas a R$ 20, elas poderiam, com aquelas máscaras de Bali, estar no cantinho da casa destinado a lembrancinhas étnicas recolhidas pelo mundo. Ou não. Talvez você prefira apostar nas rendas e nos bordados (tem), nas redes de tear (tem também) ou em produtos de algodão colorido (de chaveiros de bonequinha a camisetas e bolsas).
Depois da praia e do rodízio de camarões, nada como queimar as calorias nos mercados artesanais de João Pessoa. São dois os mais expressivos: o Mercado de Artesanato Paraibano, com 130 boxes, e a Feirinha de Tambaú (na praia de mesmo nome), espécie de miniatura do primeiro, com a vantagem de ser mais arejado. Para fechar o passeio, tome um sorvete de frutas na Delícias do Cerrado: são mais de 50 sabores de frutas típicas do Nordeste e do Centro-Oeste, como pequi, gabiroba, cajá, mangaba e graviola.
Nos dois mercados, apesar de valer encher a sacola, não passam despercebidas a produção em série e a repetição. Sempre bate aquela impressão de mais do mesmo. Mas há um lugar onde é possível apreciar o artesanato paraibano na sua mais pura expressão: a Casa do Artista Popular, localizada numa agradável alameda na região central da capital paraibana.
No casarão (restaurado) do início do século 20, estão expostas, separadas por salas temáticas, mais de mil obras em xilogravura, cerâmica, madeira, folha de flandres, couro, marchetaria e fibra de coco. A visita é acompanhada por monitores. Na sala dos brinquedos populares, chama a atenção o colorido das peças: duas das mais simpáticas são a mandala de bonequinhas e os bonecos de bumba meu boi. Não saia do local sem experimentar uma ou mais cachaças da coleção.
Rubacão
Sabe o rodízio de camarões mencionado anteriormente? Pois ele é a especialidade do Restaurante Canoa de Camarões, na Praia de Manaíra. Por R$ 35,50, o cliente sai satisfeito depois de experimentar as 12 preparações do crustáceo, com acompanhamento de arroz branco, banana, batata frita e salada. Se bateu aquela vontade de massa, experimente o Sapore d;Italia: um talharim al mare custa R$ 26 (para duas pessoas).
Agora, se a fome é de comida regional, o Mangai tem que estar na lista. Trata-se de uma rede (com filiais em Natal e Brasília), mas João Pessoa é a matriz. Todo o arsenal gastronômico do Nordeste está lá: o bufê (self-service) oferece carne de sol na nata, macaxeira, feijão de corda com carne de bode, arroz de leite e os enigmáticos rubacão e sarapatel.
É preciso gastar alguns minutos decifrando os ingredientes, antes de se decidir: rubacão, por exemplo, nada mais é do que uma mistura de feijão, arroz, charque, queijo e legumes. Fotos dos quitutes são proibidas. Já as garçonetes vestidas de Maria Bonita não se furtam a um clique.
Se a decisão é passar o dia à base das comidinhas de praia, dá para começar com a raspadinha com sabores de morango ao leite, uva e coco. Custa R$ 1 o copo. Já o saquinho com ovos de codorna, para dar sustança, sai a R$ 2, mesmo preço do churrasquinho. Uma porção de camarão seco, espécie de must da praia, custa R$ 4. É um comércio ambulante bastante ativo: Cléber Félix da Silva, de 19, vende a R$ 3 saquinhos com seriguela, pitomba e umbu-cajá. ;Tudo vem do Ceará;, explica. (MT)
Miniguia
; ONDE COMPRAR
Casa do Artista Popular
Rua Maciel Pinheiro, 670,
Bairro Varadouro;
(83) 3221-1993
www.casadoartistapopular.pb.gov.br
Feirinha de Tambaú
Avenida Almirante Tamandaré
(em frente ao Hotel Tambaú)
Funciona diariamente, à tarde e à noite, até as 22h.
Mercado de Artesanato Paraibano
Avenida Senador Rui Carneiro, 241, Praia de Tambaú;
(83) 3247-3135
Funciona de segunda a sábado, das 9h às 19h, e domingo, das 9h às 17h
; ONDE COMER
Canoa de Camarões
Avenida João Maurício, 121;
(83) 3247-2055
www.canoadoscamaroes.com.br
Mangai
Avenida General Édson Ramalho, 696 (Praia de Manaíra);
(83) 3226-1615
www.mangai.com.br