Da mesma forma que o turista pode viajar para um lugar e vivenciar os hábitos locais, ele tem a opção de aproveitar uma atividade (como voar de balão) para conhecer mais atrativos do local onde a atividade é oferecida. "O turismo de experiência é um mercado que, globalmente, movimenta 20 bilhões de euros por ano (o equivalente a R$ 44,57 bilhões)", comenta o economista Jorge Nahas, diretor de marketing da O Melhor da Vida (www.omelhordavida.com.br), especializada na organização de pacotes nesse segmento.
"No Brasil, o valor fica em R$ 50 milhões por ano atualmente. Mas, até 2015, vai chegar a R$ 8 bilhões", continua ele, que esteve no sexto Salão do Turismo, em São Paulo, para participar de um debate sobre o tema.
Normalmente, essas experiências ; são 3 mil possibilidades só na empresa de Nahas ; são divididas por tema. Há as de aventura e esporte, de gastronomia e degustações, saúde e beleza (ir a um spa, por exemplo), hotéis especiais e viagens extraordinárias. Nessas últimas, estão incluídas a chance de pilotar um jato na África do Sul, velejar no Mar Mediterrâneo, conhecer a fábrica da Ferrari e praticar golfe na Escócia, por exemplo. São, naturalmente, as vivências mais caras e que dão origem a viagens maiores.
Mas também dá para escolher programas menores, de um dia, com preços não tão salgados. Uma aula de surfe no Rio de Janeiro, por exemplo, sai por R$ 49 (preço sujeito a alterações). Se o serviço for adquirido em um site de compras coletivas ; uma das estratégias adotadas pela companhia para popularizar o serviço ;, o valor pode ficar ainda mais em conta.
"Há seis anos, quando lancei a empresa, não havia nada de estudos sobre isso no país. Fui atrás dessas informações na Europa e na Austrália. Hoje há cursos, livros, embora ainda falte muita coisa", avalia Nahas. "Falta, por exemplo, o brasileiro aumentar o investimento em lazer. Ao invés de comprar um carro moderno ou um celular mais leve, viajar."