Quem cresceu lendo as histórias de Harry Potter sabe o quanto seria empolgante visitar a Estação King;s Cross e procurar a plataforma 9 3/4 ou passar pela Private Driver (Rua dos Alfineiros) só para dar uma espiadinha no bairro que serviu de cenário para o lar dos Dursley, tios negligentes do bruxo. Imaginem, então, como seria visitar o salão principal de Hogwarts, os corredores onde circula Nick-Quase-Sem-Cabeça e as maravilhas naturais que cercam a escola de magia e bruxaria mais famosa do mundo? A saga de Harry Potter está chegando ao fim, então, nada melhor que reviver um pouco dessa história espalhada por todo o Reino Unido.
Londres
Em Harry Potter e o enigma do príncipe 1, vários pontos turísticos da capital inglesa aparecem como cenário da trama. Logo na primeira cena, uma das tragédias que mudam o universo dos bruxos e trouxas acontece na Ponte do Milênio. A primeira passagem de pedestres em Londres ; que cruza o Tâmisa ; é destruída por Comensais da Morte. Ela tem 350m de comprimento e 4m de largura e conecta o Museu de Arte Moderna Tate Modern à Catedral de São Paulo. Foi inaugurada em 2000, e seus criadores quiseram passar ao pedestre a impressão de estar cruzando um tapete voador. Vale a pena visitá-la à noite, quando, por conta da iluminação, ela parece uma lâmina cortando o rio.
Próxima à Ponte do Milênio, está a London Eye, onde se passam algumas cenas do quinto livro de J.K. Rowling, Harry Potter e a Ordem da Fênix. A roda-gigante tem 135m de altura. Dela, é possível observar o Parlamento, a Tower Bridge, o Palácio de Buckingham e o Big Ben. Aproveitando o passeio, ao lado do Big Ben, a estação de metrô Westminster ; usada para viagens ao Ministério da Magia. Perto da estação estão as famosas cabines telefônicas onde Harry ; acompanhado do pai de seu amigo Rony, o senhor Weasley ; tem acesso ao Ministério.
Ainda na viagem por Londres, a praça Picadilly Circus é um dos lugares marcantes do último longa. Quando Harry, Rony e Hermione estão fugindo dos Comensais da Morte, que querem a qualquer custo capturar o bruxo, eles optam pelas ruas trouxas para não serem reconhecidos. É em um café próximo, no entanto, que são encontrados e perseguidos. O Picadilly Circus é um dos mais badalados da cidade. A praça, construída por John Nash, liga as cinco principais ruas de Londres. O Memorial Shaftesbury, na Estátua de Eros, é um dos pequenos monumentos a serem observados em meio à pequena Time Square londrina, repleta de letreiros luminosos, teatros e bares.
Visitando Hogwarts
É claro que a escola não existe e não seria possível conhecê-la como vemos no filme, mas algumas locações podem fazer os amantes da história se sentirem mais próximos do mundo mágico. Para começar a viagem, o Expresso de Hogwarts, que na verdade é o trem a vapor Jacobite, operado pela West Highland Railway, que faz o trecho de Fort William até Mallaig. Ao longo do trajeto, o trem passa por algumas das paisagens mostradas no filme, como os lagos e a zona rural acidentada de Glen Nevis.
Quem nunca sonhou estar em uma das mesas imensas da escola e saborear os fartos banquetes servidos aos bruxos aprendizes? Na Universidade de Oxford ; a 90km de Londres ;, na Faculdade de Christchurch, foram gravadas as cenas da sala de jantar do castelo encantado por Alvo Dumbledore. Já na Escola de Teologia aconteceram as cenas da enfermaria. Está aí uma boa oportunidade para relembrar o primeiro capítulo da série, Harry Potter e a pedra filosofal, em que o bruxo enfrenta o Lorde das Trevas pela primeira vez.
Os misteriosos corredores de Hogwarts foram filmados na Catedral de Gloucester, em Gloucestershire, a 172km de Londres, e no Castelo de Alnwick, a 510km da capital. Na primeira, podem ser encontrados detalhes mostrados no filme, como a porta que leva os alunos da Grifinória aos dormitórios e a porta do banheiro onde vive a Murta Que Geme. Como em toda a história de Harry, a catedral que cedeu seu espaço para o filme tem seus segredos. Dizem que nela há uma antiga cripta mal-assombrada por velhos monges da cidade.
Não foi a primeira vez que o segundo maior castelo inabitado da Inglaterra ; com mais de 700 anos de história ; vira cenário de filme. Nos jardins foram gravadas as cenas em que Harry tem suas primeiras aulas de voo em vassoura e joga as emocionantes partidas de quadribol. Além de ser pano de fundo da escola de magia, também fez parte do filme Elizabeth.
Cenas externas
Em Harry Potter e as relíquias da morte, as cenas em Hogwarts são raras. Harry, Rony e Herminone começam sua saga para encontrar e destruir as horcruxes que permitem que Voldemort continue vivo. A maior parte das cenas foi rodada nas Terras Altas (Highlands) da Escócia. Um dos cenários foi o Cape Wrath, onde foi gravada uma das cenas mais dramáticas com o Lorde das Trevas. O acesso à colina, que fica a noroeste do território britânico, só é possível de ônibus, em um trajeto de 18km, ao longo de paisagens silvestres preservadas.
Outro lugar que pode ser visitado é o Loch Arkaig, um dos muitos lagos de leste a oeste da região montanhosa ocidental. Os visitantes podem desfrutar de um belo passeio de carro pelo Canal da Caledônia, pela Dark Mile e terminando em Witches Pool, na Cachoeira Cia-aig. Uma escadaria de pedra leva ao topo das quedas. O lago é um memorial para os soldados que lutaram na Segunda Guerra Mundial.
E por fim, a praia Freshwater West e a rota litorânea da Costa de Pembrokeshire, no País de Gales. É para lá que vão Harry e seus amigos, após conseguirem fugir da casa dos Comensais da Morte. A praia é mais afastada e quase deserta, com piscinas naturais e uma cabana de coletores de algas.
Corujas
; Em Gloucestershire, no Centro Nacional de Aves de Rapina, os visitantes têm a oportunidade e aprender a lidar com as corujas no Owl Experience Day. Lá, há cerca de 60 espécies de corujas, águias e falcões. os livros de Harry Potter, as corujas funcionam como correio para os bruxos, além de serem dóceis animais de estimação.