Agência France-Presse
postado em 31/03/2018 14:45
Washington, Estados Unidos - O fabricante de automóveis elétricos Tesla confirmou que o piloto automático estava ativado ao se produzir um choque fatal na semana passada, o que pode exacerbar as preocupações sobre a segurança dos veículos autônomos.
A Tesla informou em uma publicação em um blog na última sexta-feira que, antes do acidente, o condutor havia ativado o piloto automático, mas ignorou várias advertências.
"Nos momentos prévios à colisão (...) o piloto automático foi conectado", disse a Tesla, acrescentando que "o motorista havia recebido antes, dentro da unidade, várias advertências visuais e sonoras de utilizar as mãos, e suas mãos não foram detectadas no volante durante os seis segundos anteriores à colisão".
[SAIBAMAIS]Um veículo Tesla Modelo X colidiu contra uma barreira perto da cidade de Mountain View, na Califórnia, em 23 de março, pegando fogo antes de ser atingido por outros dois automóveis.
O motorista, identificado por The Mercury News como Wei Huang, um homem de 38 anos, morreu mais tarde no hospital.
Segundo a fabricante, "o motorista teve aproximadamente cinco segundos e 150 metros de alcance de visão" antes de bater no obstáculo de concreto, mas os registros do veículo mostram que ele não reagiu".
A Tesla acrescentou que a razão pela qual o automóvel autônomo sofreu um dano tão grande foi o fato de a barreira da pista "ter sido danificada em um acidente anterior sem ser substituída".
"Nunca vimos este nível de dano em um Modelo X em nenhuma outra batida", garantiu.
A companhia - fundada há 15 anos pelo empresário sul-africano Elon Musk - também tentou minimizar os temores sobre sua nova tecnologia, alegando que um ano atrás o próprio governo dos Estados Unidos a observava como uma forma viável "de reduzir o número de colisões para 40%".