Essa forma de determinar a quebra dos lipídios é conhecida, mas a medição se faz com equipamentos caros de laboratório, como espectrômetros de massa, ou com testes portáteis de uso único, com menor precisão. O novo bafômetro usa um pequeno sensor ; do tamanho de uma moeda de um centavo ; que capta apenas moléculas de acetona, entre os mais de 800 componentes voláteis presentes no hálito.
O bafômetro foi testado em 20 participantes saudáveis, com idade entre 20 e 33 anos, enquanto se exercitavam em bicicletas ergonômicas por uma hora e meia e enquanto descansavam. Os resultados obtidos foram tão precisos quanto os do espectrômetro de massa e os exames de sangue. ;Nossa tecnologia tem o grande benefício de ser barata, controlável e, ainda assim, altamente sensível, além de fazer medições em tempo real;, afirma Güntner. ;Isso a torna apropriada para o uso no dia a dia, exercitando-se em uma academia ou para pessoas em dieta;, ilustra.
Variações
Os dados mostraram ainda que a queima de gordura varia muito entre os participantes. Em média, a maior liberação de acetona aconteceu três horas após o exercício, e a queima aumentou levemente durante a atividade. Alguns participantes, porém, não apresentaram mudança no metabolismo da gordura durante ou após o exercício. Segundo os cientistas, as variações acontecem devido a diferenças biológicas, como o preparo físico.
;Isso poderá ser bastante útil para atletas ou pessoas em academias que queiram checar sozinhas o seu metabolismo e otimizar o treino;, afirma Güntner. Variações no exercício, como na intensidade ou no tipo, também poderão ser testadas e monitoradas. A equipe começou a trabalhar no desenvolvimento de um método que possa chegar ao mercado. ;Também estamos trabalhando para desenvolver sensores para outras moléculas relevantes, como a amônia, para testar a atividade renal, ou o isopreno, para monitorar altos níveis de colesterol no sangue;, adianta Güntner.