O diretor da usina nuclear de Fukushima, no nordeste do Japão, anunciou na sexta-feira que enviou esta semana um robô submerso ao interior de um dos reatores danificados pelo tsunami de 2011.
O aparelho teledirigido, de 30 centímetros de comprimento e 13 cm de largura, hermético e equipado com uma câmera, foi criado especialmente pelo grupo Toshiba e o Irid, uma estrutura especial de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias específicas para as intervenções necessárias em Fukushima Daiichi.
"O objetivo da inspeção inicial era introduzir o robô na estrutura de contenção, e observamos sobretudo a situação do interior", sem chegar a ver os restos de combustível, explicou um responsável da companhia Tokyo Electric Power (TEPCO), durante uma coletiva de imprensa.
A primeira inspeção foi realizada na quarta-feira, e na sexta-feira iam ser realizadas outras análises. A TEPCO dará detalhes sobre os resultados durante a tarde.
A companhia temia que o robô não conseguisse avançar tanto quanto se esperava devido aos danos internos, mas a operação pôde ser realizada "em grande parte como previsto".
Os centros de três dos seis reatores da usina de Fukushima Daiichi entraram em fusão nuclear após o tsunami, devido à paralisação dos sistemas de refrigeração.
Em comparação com os reatores 1 e 2, o reator 3 foi onde o combustível fundido mais caiu na estrutura de contenção, afirmou a TEPCO, sem saber onde este se encontra exatamente.
É indispensável fazer uma revisão detalhada de cada reator para conseguir um dia realizar a tarefa considerada de longe a mais difícil: a recuperação do combustível fundido das unidades 1 a 3.
O saneamento da usina de Fukushima Daiichi levará ao menos quatro décadas.