Jornal Correio Braziliense

Tecnologia

Facebook começa a produzir seus próprios programas e séries

A rede social planeja colocar on-line os primeiros programas no final de setembro

A plataforma de cerca de dois bilhões de usuários mensais (1,94 bilhão no final de março) trabalha neste projeto com "um pequeno grupo de sócios e criadores", indicou Nick Grudin, vice-presidente de parcerias de mídia do Facebook, em um comunicado enviado à AFP.

"Nosso objetivo é fazer do Facebook um lugar onde as pessoas possam se unir em torno do vídeo", disse Grudin, observando que a rede social e seus colaboradores vão "experimentar os tipos de programas nos que você pode construir uma comunidade ao redor - do esporte à comédia, passando pelos ;reality shows; e pelos ;game shows;".

Por enquanto, estes programas estão sendo financiados diretamente pelo Facebook, "mas com o tempo queremos ajudar muitos criadores a fazer vídeos financiados por um sistema de compartilhamento de receita como o Ad Break", uma ferramenta de software que permite inserir publicidade nos conteúdos difundidos ao vivo pela rede social.

O Facebook não revelou a identidade dos seus sócios de produção de conteúdo.

De acordo com o Wall Street Journal, representantes da rede social estão se reunindo com executivos de estúdios de Hollywood, agencias de representação de atores e criativos da televisão e do cinema.

Segundo o jornal econômico, o Facebook se dispõe a desembolsar até três milhões de dólares por episódio produzido, o orçamento de um programa de alta qualidade para a televisão a cabo nos Estados Unidos.

O gigante californiano planeja colocar on-line os primeiros programas no final do verão boreal.

O desenvolvimento de conteúdos próprios é uma tendência entre os principais atores da internet, que durante muito tempo se limitaram a abrir suas plataformas a programas produzidos por outros.

Netflix, Amazon e a plataforma de televisão on-line Hulu (empresa conjunta da Disney, Comcast, 21st Century Fox e Time Warner), se voltaram para esta tendência, seguidos mais recentemente por YouTube e Apple, em uma escala mais modesta.