Washington, Estados Unidos - Três grupos de mídia dos Estados Unidos apresentaram uma ação judicial, nesta sexta-feira (16/9), pedindo que o FBI revele os detalhes de como desbloqueou o iPhone do homem que, junto com sua mulher, matou 14 pessoas em San Bernardino, no ano passado.
[SAIBAMAIS]O FBI, a polícia federal americana, disse que queria desbloquear o iPhone 5C de Syed Rizwan Farook para buscar possíveis vínculos com o grupo extremista Estado Islâmico (EI), mas a companhia Apple se negou a ajudar, alegando preocupações com a privacidade dos usuários.
A Gannett (empresa associada ao jornal USA Today), a agência de notícias Associated Press e o grupo Vice Media solicitaram detalhes sobre o desbloqueio misterioso que reacendeu o debate sobre a criptografia das comunicações e a proteção da privacidade.
Farook e sua mulher cometeram o massacre durante uma festa de Natal, em um escritório de San Bernardino, na Califórnia.
A agência federal levou a Apple à Justiça em fevereiro passado para forçá-la a colaborar com a investigação, mas retirou sua ação judicial semanas depois, após ter conseguido hackear o telefone com a ajuda de terceiros.
O FBI não revelou o nome do colaborador externo, nem o custo da operação.
"Entender o montante que o FBI considerou apropriado para gastar com a ferramenta, bem como a identidade e a reputação do fornecedor com quem fez negócios, é essencial para que o público possa exercer uma vigilância efetiva do governo", diz o processo, aberto em um tribunal na capital americana, Washington.