Um coletivo de hackers divulgou informações pessoais de 32 milhões de usuários do Ashley Madison, famoso site de relações extraconjugais. A quantidade total de informações chega a 9,2 GB ; elas foram divulgadas numa página da deep web, uma parte da internet acessível apenas por buscadores específicos como o Tor, que mantém secreta a identidade de quem o utiliza.
Na página criada pelos hackers é possível encontrar detalhes das transações financeiras entre os clientes e a Ashley Madison, nomes, endereços residenciais, números de telefone e endereços de e-mail. Além disso, foram divulgadas as descrições que os usuários fizeram daquilo que procuravam ao se cadastrarem no site, incluindo minúcias sexualmente explícitas.
[SAIBAMAIS]Alguns dos endereços de e-mail divulgados terminam em ".gov" e ".mil". Isso indica que os endereços são profissionais e pertencem a trabalhadores de instituições governamentais ou do exército. Quarenta e quatro dos endereços tinham a terminação "whitehouse.gov", o que sugere que esses usuários trabalham na Casa Branca, nos Estados Unidos.
A ameaça de publicar os dados dos clientes foi feita há quase um mês pelos hackers do grupo Impact Team. Eles ameaçaram a empresa Avid Life Media para que retirasse da internet os sites Ashley Madison e Established Men, que junta homens ricos com jovens mulheres.
Além de não aceitarem os sites sob o ponto de vista moral, os hackers também quiseram denunciar práticas fraudulentas da Avid Life Media: enquanto armazenava dados pessoais dos usuários, a empresa garantia que eles seriam apagados da Internet. São essas as informações reveladas pelos hackers.
Junto aos 9,2 GB de informações pessoais, o coletivo publicou também uma mensagem intitulada "Acabou o tempo". Nela, eles recomendam às pessoas que encontrem seus nomes na lista e processassem a Avid Life Media. "Depois segue em frente com a tua vida. Aprende a lição e pede desculpas. É embaraçoso por agora, mas vai passar", diz o texto.