Jornal Correio Braziliense

Tecnologia

Empresa on-line oferece serviço de hospedagem para cães em casas de família

A proposta da empresa é oferecer "uma família para o seu cãozinho enquanto você viaja"

"Bem vindo à DogHero e dê adeus às gaiolas", essa é a premissa de um site que pretende facilitar a hospedagem de cães em casas de famílias quando os donos dos pets precisam passar alguns dias fora e não tiverem com quem deixar os melhores amigos. O DogHero surgiu em 2014 e já conta com mais de mil anfitriões ; pessoas dispostas a cuidar de outros cães na própria casa ; em todo o país. O serviço é uma alternativa para quem não gosta de canis e hoteizinhos para cachorros.

O site funciona como os convencionais portais de hospedagem. Basta informar o período e o bairro em que o canino ficará hospedado e logo surge uma lista com os anfitriões e os preços cobrados. A ideia é de Eduardo Baer, que percebeu que não podia ter um animal de estimação devido às constantes viagens com a esposa, até o dia em encontrou o amigo Fernando Gadotti em um curso nos Estados Unidos e os dois resolveram fundar a empresa.



A servidora pública Bianca Santos da Silva, 31 anos, tem uma Shihtzu de um ano e precisou usar o serviço de hospedagem durante uma viagem de quatro dias no início do ano. Ela lembra que a primeira opção era deixar Laylah com a sogra, mas ela também não poderia oferecer os cuidados. "Eu já tinha deixado num hotel, mas queria experimentar outra forma", disse.

Bianca conheceu a bióloga Adriana Borges, 30 anos, dona do maltês Zeca, pelo site. Anfitriã desde fevereiro, Adriana já havia recebido outra cadela em casa, mas antes mesmo de conhecer o DogHero já havia abrigado outros cachorros de amigos. "Eu também tenho cachorro e não gosto da ideia de hotel, me apavora um pouco saber que o Zeca poderia ficar em uma gaiola", comenta.



Questão de hábito
Adriana explica que costuma marcar um encontro com a pessoa interessada no serviço antes da data da hospedagem. "Eu levo o Zeca e a pessoa o cachorro dela, mas tem que ser fora do território de ambos para que eles não se estranharem". A bióloga conta que nunca teve problemas com os animais que hospedou, mas antes de aceitar ser anfitriã costuma perguntar o sexo do animal, se é castrado e se tem perfil dominador. "O cachorro é um animal de matilha e toda matilha tem um líder. Eu tenho o Zeca e, apesar dele ser adestrado, tenho que garantir que todos vão se dar bem".

Ela ressalta que o valor não inclui a ração porque o hóspede pode ser acostumado a uma ração diferente daquela da qual o cãozinho dela se alimenta. Para que o canino não se sinta completamente abandonado pelo dono, é importante levar a cama, o brinquedo favorito e até mesmo um pano com o cheiro dos donos.