Graças a uma tecnologia desenvolvida por americanos e chineses, inserir um dispositivo eletrônico no corpo de um paciente pode ser tão simples quanto aplicar uma injeção. O método, descrito na revista Nature Nanotechnology desta semana, consiste no uso de eletrônicos flexíveis fabricados no formato de uma rede. O material pode ser enrolado até adquirir uma dimensão 30 vezes menor que a original, estreita o suficiente para passar por uma agulha de 0,1mm. Testes realizados em ratos provaram que a técnica não causa danos a organismos vivos e pode manter a eficiência dos dispositivos a longo prazo.
O dispositivo flexível é feito de um polímero biocompatível chamado SU-8, que protege conexões e nanofios de ouro, silício e outros elementos. Mesmo deformado, o dispositivo mantém uma eficiência de até 90%. ;Sondas tradicionais de silício e de polímero podem ter uma eficiência de 100%, mas, uma vez que são injetados, muitos desses dispositivos falham ou param de funcionar devido ao dano causado no tecido;, ressalta Lieber.
Depois de introduzido no corpo, o implante se abre gradativamente, recuperando a forma original ao mesmo tempo em que se conforma com o formato do tecido. O processo acontece em vários estágios e leva cerca de uma hora. Como a força dos componentes da rede eletrônica é bastante baixa, a estrutura não causa danos ao tecido. ;Se injetado em água ou em uma cavidade dentro do cérebro, a malha eletrônica pode descomprimir completamente para o formato pré-programado. Mas, para tecidos densos, ela pode se descomprimir somente um pouco, dependendo das forças relativas;, explica o especialista.
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