A vida não anda fácil para a americana Kam Brock. A mulher de 32 anos de idade foi mandada para a ala psiquiátrica de um hospital durante oito dias após afirmar que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, seguia-a no Twitter. O problema é que o perfil do político segue mais de 640 mil contas. E a de Brock, de fato, é uma delas.
[SAIBAMAIS]De acordo com matéria publicada esta semana no site Daily News, o episódio foi a parte final de uma série de eventos problemáticos para Brock. Em 12 de setembro do ano passado, a polícia havia apreendido a BMW da mulher por suspeitar que ela estava drogada com maconha. Após revistarem o veículo, não foi encontrado nenhum indício da droga, mas o carro foi tomado mesmo assim.
No dia seguinte, Brock decidiu entrar sozinha no estacionamento da delegacia onde o carro dela estava para tentar tirá-lo de lá. Mas a tentativa não deu certo e ela foi apreendida, colocada em uma ambulância e mandada ao Harlem Hospital.
;A polícia me segurou, o doutor usou uma agulha em mim e eu desmaiei;, relata Brock. ;Acordei com eles tirando minhas roupas de baixo e apaguei outra vez. Despertei no dia seguinte em roupas de hospital.;
Lá, a mulher conversou com uma médica e, ao tentar convencê-la de que ela não merecia aquilo, Brock decidiu citar o fato de que Obama a seguia no Twitter. ;Eu contei à doutora que Obama me segue no Twitter para mostrar o tipo de pessoa que sou. Sou uma pessoa boa e positiva. Obama segue gente positiva!”, relatou a mulher ao Daily News.
O relato, porém, teve o efeito contrário. A médica acreditou que Brock estava delirando e a mandou à ala psiquiátrica. Segundo registros legais obtidos pelo Daily News, o tratamento tinha uma meta específica. ;Objetivo: paciente vai verbalizar a importância da educação para o emprego e vai afirmar que Obama não a segue no Twitter;.
Além disso, o documento apontava que as fraquezas de Brock eram ;inabilidade em atestar a realidade e desemprego;, o que demonstra que os médicos também não acreditavam na mulher quando ela dizia ser funcionária de um banco.
Durante os oito dias seguintes, Brock foi constantemente sedada e participou de terapia de grupo, além de ser cobrada o valor de US$ 13.637,10 (aproximadamente R$ 43,6541). Quando ela foi liberada, os médicos não apresentaram uma justificativa para a alta dela.
Agora, Brock trava batalha judicial para ser compensada pelo erro do hospital. O Harlem Hospital não deu declarações sobre o assunto.