Um dos grandes desafios para o desenvolvimento tecnológico é a criação de sistemas eletrônicos que suportem altas temperaturas. Condição fundamental para máquinas de alto desempenho, dispositivos que ficam ligados por longos períodos e também equipamentos que precisam funcionar em ambientes extremos, como uma broca que perfura o solo em busca de petróleo. Quando um sistema de resfriamento tradicional não é suficiente, os pesquisadores precisam encontrar materiais mais estáveis. E isso é o que parece ter sido descoberto por uma equipe de pesquisadores norte-americanos que testou um semicondutor capaz de funcionar a até 220;C.
Os cientistas da Universidade da Califórnia usaram para o experimento um cristal chamado dissulfeto de molibdênio, material encontrado na natureza e que, até pouco tempo, era empregado basicamente na fabricação de lubrificantes sólidos e catalisadores. O metal de transição ganhou destaque nos últimos anos com a descoberta do grafeno. Depois que a comunidade científica conheceu as incríveis propriedades de resistência e flexibilidade do supermaterial, teve início uma corrida por outros que também pudessem ser cultivados na forma bidimensional.
O dissulfeto de molibdênio, também conhecido pela fórmula MoS2, logo mostrou ser um ótimo candidato para a tarefa. Além de ser bastante comum, tem um gap de energia relativamente grande ; ao contrário do grafeno ;, o que é uma característica bastante apreciada na fabricação de eletrônicos. Isso significa que chips feitos com o material podem ser ;ligados; e ;desligados;, como acontece com os componentes tradicionais feitos a partir do silício.
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