Tecer longas e bem estruturadas teias não é a única habilidade das aranhas digna de nota. Esses bichos de oito patas também são capazes de sentir as mais sutis vibrações no ambiente, o que facilita tanto a defesa contra predadores quanto a proximidade de uma apetitosa refeição. Impressionados com essa aptidão, cientistas sul-coreanos se inspiraram nesses pequenos aracnídeos para criar um sensor ultrapreciso que pode, no futuro, ser usado em equipamentos médicos e aparatos eletrônicos.
O trabalho dos cientistas foi baseado em um estudo anterior feito por alemães e publicado em 2013, no qual eram apresentados detalhes sobre o sistema de sensibilidade das aranhas. ;Em seguida, depois de um ano e meio de pesquisa, descobrimos os fatores de alto calibre que poderiam ser usados em nosso sensor;, conta ao Correio Mansoo Choi, professor da Universidade Nacional de Seul. ;É claro que havia muitas falhas, mas, finalmente, percebemos que o sistema poderia ser copiado e adaptado a sensores ultrassensíveis;, acrescenta.
A parte das aranhas copiada foram pequenas fendas das patas, localizadas entre o exoesqueleto e uma substância mais mole. São essas frestas, que abrem e fecham, as responsáveis por alertar os bichos sobre as vibrações no ambiente. Os cientistas usaram, então, um polímero flexível como base do biossensor e um filme de platina bem fino por cima para imitar o esqueleto externo do aracnídeo, unidos na forma de um pequeno retângulo. ;Nós imitamos a geometria das fendas, chave para que o sistema sensorial funcione;, destaca Choi.
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