Jornal Correio Braziliense

Tecnologia

Estudo alerta: hackers roubam informação de executivos em hotéis

Segundo o estudo, o ataque 'vagou pelas sombras durante pelo menos quatro anos, enquanto roubava informação sensível de executivos de grandes empresas que viajavam ao exterior'

Washington - Hackers desenvolveram um sistema com o qual conseguem roubar informações particulares de altos executivos, entrando em redes WiFi de hotéis de luxo, informaram nesta segunda-feira (10/11) especialistas em segurança informática.

Um estudo da Kaspersky Lab explicou que o ataque, chamado ;Darkhotel; (hotel escuro, em inglês), "vagou pelas sombras durante pelo menos quatro anos, enquanto roubava informação sensível de executivos de grandes empresas que viajavam ao exterior".

Kaspersky disse que cerca de 90% dos ataques parecem estar localizados em Japão, Taiwan, China, Rússia e Coreia do Sul, mas também inclui empresários que viajaram dos Estados Unidos para outros países.

"Os afetados são contados aos milhares", destacou o informe.

"Os alvos mais interessantes eram aqueles das maiores companhias que viajavam dos Estados Unidos e da Ásia para fazer negócios e investir na região (Ásia-Pacífico)", prosseguiu.

Os hackers conseguiram comprometer as redes WiFi dos hotéis e dali, fazer com que os executivos baixassem ;malwares; (softwares maliciosos) em seus computadores para acessar a informação de forma remota.


"Estas ferramentas armazenam informação sobre os sistemas (...), roubando senhas no Firefox, Chrome e Internet Explorer, assim como dados de registro de Gmail, Twitter, Facebook, Yahoo e Google, além de outras informações particulares", acrescentou.

"As vítimas perderam informação sensível, como a propriedade intelectual das empresas que representam. Após a operação, os hackers apagaram cuidadosamente suas marcas nas redes dos hotéis e voltaram a se esconder", prosseguiu.

Kurt Baumgartner, pesquisador da Kaspersky, disse que os ataques são extremamente sofisticados.

Entre os alvos estão altos executivos, diretores de venda e vice-presidentes de grandes empresas de eletrônica, finanças, do setor automobilístico e farmacêutico, entre outros. Advogados, militares e funcionários de organizações sem fins lucrativos também foram afetados.