Tecnologia

Empresa detecta primeiro vírus para iPhones bloqueados na China

O WireLurker tem complexa estrutura de códigos, tudo para frustrar antivírus

postado em 06/11/2014 14:04
O malware é capaz de roubar dados e ter acesso a informações de mensagens do usuário
Pela primeira vez, um vírus real para iPhones bloqueados foi identificado. De acordo com a empresa norte-americana Palo Alto Network, o WireLurker pode monitorar qualquer dispositivo iOS conectado a um computador infectado e instalar aplicativos baixados em lojas de apps clandestinos.

Este malware - software destinado a infiltrar-se em um sistema de computador - foi localizado pela primeira vez em aparelhos na China. Com os celulares bloqueados para alguns serviços, os chineses costumam baixar aplicativos por lojas não oficiais. Este seria o principal vetor do vírus, transmitido no momento em que um aparelho é conectado a um computador infectado e depois passado para outros que se conectem por um cabo USB. É aí que aparelhos sem jailbreak podem se infectar.

O vírus é capaz de roubar dados do usuário, ter acesso a informações de mensagens e ainda pede por atualizações frequentes. A empresa de segurança virtual acredita que o vírus estaria em desenvolvimento porque o objetivo final do malware, específico para aparelhos com o sistema iOS, como tablets e smartphones, além de Mac OS, ainda estaria incerto.

"WireLurker apresenta estrutura complexa de código, várias versões de componentes e arquivos escondidos", tudo para frustrar antivírus, segundo a empresa. Os pesquisadores da Palo Alto afirmam que o WireLurker já foi baixado mais de 356 mil vezes, em 467 aplicativos.


Em nota oficial, a Apple afirmou que os aplicativos identificados com o vírus já foram bloqueados para prevenir que eles possam ser inicializados. "Como sempre, recomendamos que usuários baixem e instalem somente programas de fontes confiáveis;, afirmou a empresa.

A fabricante do iPhone recomenda que os usuários mantenham os aparelhos com a última versão do iOS atualizada; não baixar aplicativos de lojas que não sejam oficiais, como a Apple Store e não conectar o aparelho em computadores ou dispositivos não confiáveis ou de desconhecidos.

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