Jornal Correio Braziliense

Tecnologia

Eleitores contam com tecnologia para participar de política fora das urnas

Pela lei, órgãos e entidades do poder público devem divulgar dados de forma compreensível e disponível na internet

Depois de meses de campanha, debates políticos e discussões acaloradas, o Brasil elegeu seus representantes para mais quatro anos. Entretanto, a formação política brasileira continua recebendo críticas. De um lado, especialistas afirmam que o formato atual restringe a participação popular basicamente às urnas. Enquanto isso, eleitores reclamam da falta de opções e dos constantes escândalos envolvendo os candidatos. Diante desse panorama, uma ferramenta tem ganhado importância: a tecnologia.

Desde 2011, a Lei n; 12.527, conhecida como Lei de Acesso à Informação, determina que todos os órgãos e entidades do poder público devem publicar dados como registros de despesas, informações de processos de licitação, canais de comunicação e perguntas frequentes da sociedade. E tudo de forma compreensível e disponível na internet.

Assim, de três anos para cá, órgãos são obrigados a prestar contas com a população, e dezenas de sites e páginas foram criadas para que os cidadãos possam acompanhar as ações de políticos e organismos públicos.

Entretanto, por mais que tenham acontecido evoluções importantes na legislação, a prática ainda apresenta falhas. A lei, por exemplo, não padroniza a linguagem usada para disponibilizar os dados. Assim, cada poder o faz de sua maneira, dificultando a consulta.



Outro ponto está na dificuldade de órgãos menores, como prefeituras e câmaras municipais se adequarem e manterem em dia as informações disponíveis. Isso sem contar a rara divulgação dos serviços, ainda pouco utilizados pela população.

Ainda assim, existem pessoas que buscam melhorar e ampliar o acesso dos cidadãos aos dados públicos. O Informática mostra alguns projetos que têm promovido o envolvimento da população com os poderes públicos por meio de ferramentas digitais que permitem a fiscalização e até mesmo a cobrança de governantes. Além disso, o leitor poderá consultar um guia com aplicativos e sites para ser um agente fiscalizador nos próximos anos de mandato dos recém-eleitos.