Jornal Correio Braziliense

Tecnologia

Empresas de desenvolvimento de games têm faturamento de até R$ 240 mil

Estudo do BNDES mostra que algumas companhias são até reconhecidas no exterior, mesmo com pouca idade

Se fosse dividido no formato clássico de um jogo, o momento atual das microempresas desenvolvedoras de games no Brasil estaria perto da sala do chefão. Segundo o Mapeamento da Indústria Brasileira e Global de Jogos Digitais feito pelo BNDES, em parceria com a USP (que ouviu 133 desenvolvedores brasileiros), a percepção é de que o mercado de entretenimento continua sendo arriscado. Ganhar escala e rentabilidade, aliás, são as principais características do inimigo. Entretanto, alguns números evidenciam que os brasileiros desse setor estão alcançando relevância e acabam servindo de poder para a indústria em terra tupiniquim.

De 2010 a 2013, por exemplo, somente 10 empresas desenvolvedoras de jogos foram fundadas. Parte dessa evolução se deu por conta do avanço da banda larga e o acesso à ferramentas de desenvolvimento. Hoje em dia, a maior parte dessas marcas é de pequeno porte (faturamento até R$ 240 mil), com menos de cinco anos de fundação.



Mesmo sendo de ;pequeno porte;, algumas dessas companhias não se intimidam com o desafio ao entrar de vez no mercado - às vezes, inclusive, desenvolvedores optam por trabalhar como freelancers. Muitas delas conseguem fazer sucesso lá fora, como é o caso da paulistana QUByte Entertainment ou a brasiliense Behold Studios. Ambas, inclusive, participam do programa de incubação de desenvolvedores da América Latina criado pela marca PlayStation.

Para o desenvolvedor e especialista no assunto, Saulo Camarotti, o estudo divulgado pelo BNDES é importante para mostrar o amadurecimento do desenvolvimento de jogos em território nacional. ;Um estudo desse porte, inclusive com o BNDES por trás, mostra como nossa indústria está se profissionalizando;, comenta. Estaria o setor de produção de games no Brasil encaminhando para a fase do crescimento?