O Facebook completa amanhã 10 anos. Desde 2004, a companhia, que nasceu como uma ideia de universitários, se tornou sinônimo do conceito de rede social e entrou para a história ao superar a marca de 1 bilhão de usuários. Na semana passada, a empresa comemorou um lucro líquido de US$ 523 milhões no último trimestre, o que levou suas ações a atingirem o valor recorde de US$ 62,03 na Nasdaq (bolsa eletrônica de Nova York). A reação do mercado fez com que os três fundadores ganhassem em um só dia US$ 4,5 bilhões, sendo que a maior parte foi para o CEO, Mark Zuckerberg, que completa 30 anos em 14 de maio. Os números, contudo, escondem uma inevitável desaceleração no crescimento de público. Teria o Facebook atingido seu ápice na primeira década de vida ou, posto de outra forma, o queridinho da internet será capaz de evitar a velhice precoce?
Desde o ano passado, dados começaram a apontar uma possível debandada de jovens do site. Segundo uma pesquisa do Pew Research Center (PRC), o Facebook passou a ser visto como uma obrigação social para muitos adolescentes e não como uma forma de entretenimento. Esse público é cada vez mais atraído para comunidades de interface mais simples, como o Instagram e o Twitter. Além de terem menos usuários mais velhos, esses apps agradam à nova geração por se casarem melhor com dispositivos móveis.
;Acredito que há uma corrente constante de pessoas deixando o Facebook. Deletando todo o conteúdo ou apenas deixando de usar o site;, afirma Stefan Stieger, professor de psicologia da Universidade de Viena, na Áustria. Ele realizou um estudo com mais de 300 pessoas que deixaram a página recentemente e descobriu que quase metade delas foram motivadas pelo desejo de mais privacidade. Outras relataram vício pela rede social, problemas com os contatos e pura insatisfação com o serviço. ;Aplicações da internet vêm e vão. Algumas delas criam uma moda, mas pouquíssimas realmente sobrevivem. É como a evolução;, compara o especialista.
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