Jornal Correio Braziliense

Tecnologia

Estados Unidos faz rali de robôs salva-vidas para situações de perigo

Máquinas com mais de 1 metro de altura farão provas como subir escadas e conectar mangueiras hoje e amanhã, nos EUA. A intenção da disputa é descobrir qual delas tem potencial para ser usada em incêndios e outras situações de emergência

Os futuros super-heróis serão escolhidos neste fim de semana. Os candidatos contam com pernas mecânicas, visão em alta definição e força sobre-humana para vencer as provas que vão mostrar qual projeto tem o potencial para salvar vidas em situações de perigo. Hoje e amanhã, 17 times vão se revezar no campo de provas montado no autódromo Homestead-Miami Speedway, em São Francisco (EUA), para o desafio de robôs Darpa (Agência de Projetos de Pesquisa em Defesa Avançada, em português), a maior competição já realizada com essas máquinas inteligentes e que promete revelar o que há de mais avançado na robótica.

As atividades da competição foram especialmente projetadas para provar talentos como percepção, força, destreza, mobilidade e tomada de decisões. Os robôs terão de atravessar paredes, subir escadas, abrir portas, andar em terreno instável e até mesmo dirigir um veículo. Os cenários são simulações de uma situação de emergência, como incêndios ou desmoronamentos. Por isso, as máquinas também serão levadas a executar tarefas mais específicas, conectar uma mangueira e fechar válvulas, por exemplo. A performance nos desafios, bastante complexos para máquina, deve definir o vencedor do prêmio maior de US$ 2 milhões.



Robôs com essas habilidades podem fazer toda a diferença em episódios como o desastre da usina nuclear de Fukushima, em 2011, no Japão. Depois que um terremoto e um tsunami atingiram a planta, o vazamento radioativo levou funcionários a ventilar manualmente os reatores danificados. Mas o nível de radiação era alto demais, obrigando a equipe a recuar. O hidrogênio acumulado na usina causou explosões que contaminaram a região. A criação de uma máquina com destreza o suficiente para substituir humanos nesse tipo de cenário se tornou necessária, e as olimpíadas robóticas foram a forma encontrada pela agência de pesquisa norte-americana para suprir essa necessidade.

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