Quando digita um texto, uma pessoa, mesmo sem perceber, realiza um complexo trabalho, que vai muito além de simplesmente levar um dos dedos até a tecla certa. A força imposta sobre o teclado, por exemplo, é fundamental. Se a pressão for excessiva, a tarefa pode se tornar árdua, e o equipamento, ser danificado. Ao mesmo tempo, se cada batida for muito suave, as letras não aparecem na tela. A rapidez da escrita também depende da percepção de que o toque anterior foi bem-sucedido para que as mãos procurem o próximo caractere, e assim por diante.
Um processo semelhante ocorre em várias outras atividades cotidianas, como girar uma maçaneta, segurar um copo de vidro ou tirar o celular do bolso. Realizar todo esse trabalho com desenvoltura só é possível graças a receptores na ponta dos dedos e nas mãos que se comunicam diretamente com o cérebro. Sem essa sensibilidade, movimentos que parecem banais se tornam muito complicados. E é isso que explica a grande dificuldade de criar próteses mecânicas que cumpram bem a tarefa de substituir as mãos e os braços.
A robótica já conseguiu avançar a ponto de fabricar membros com dedos articulados muito semelhantes aos reais, mas como fazer com que o usuário tenha total controle da força empregada ao usar o equipamento e sinta as texturas como as demais pessoas? Um estudo da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, promete ajudar na busca por essas próteses ideais. Cientistas da instituição conseguiram fazer com que macacos rhesus tivessem a mesma sensação do toque ao terem seus cérebros estimulados por eletrodos. O sistema pode ajudar humanos no futuro a usarem mãos artificiais que garantam a sensação de tato natural.
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