Cientistas anunciaram a criação de um novo tipo de levedura que produz com maior eficiência o chamado etanol de segunda geração, aquele feito a partir da celulose da biomassa vegetal. A espécie modificada em laboratório é capaz de gerar álcool a partir de substâncias que não eram toleradas por esse tipo de micro-organismo, gerando mais combustível da mesma quantidade de material. A pesquisa, descrita na revista especializada Nature Communications de hoje, pode dar um novo impulso à fabricação de álcool com o bagaço da cana-de-açúcar.
A produção de bioetanol é feita com um fungo chamado Saccharomyces cerevisiae, a mesma levedura usada há muitos séculos para fermentar a massa de pão e bebidas alcoólicas. Embora essa espécie seja bastante eficiente em transformar glicose em álcool, ela não consegue digerir outros tipos de açúcar, como a xilose. Isso é um problema no uso de alguns tipos de biomassa, como madeira e cascas de plantas, pois grande parte do produto da fermentação da celulose presente nesses materiais acaba sendo desperdiçada. Estima-se que mais de um terço dos açúcares resultantes desse processo seja descartado pela levedura.
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