O material parece um tipo de chiclete dourado. As mãos dos pesquisadores puxam e esticam a matéria como um elástico, que volta à forma original sem ceder. Pode não parecer, mas o elemento de comportamento fascinante é metálico, capaz de conduzir eletricidade. Trata-se de um condutor especial, desenvolvido na Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. Além da aparência brilhante, o elemento descrito na revista Nature desta semana tem outra característica igualmente única: conduz eletricidade mesmo quando esticado.
O híbrido metálico especial provou ser o mais eficiente do tipo criado até hoje e pode ser um passo fundamental para a criação de dispositivos eletrônicos flexíveis. Com fios que esticam, seria possível fabricar smartphones ou tablets que pudessem ser enrolados como borracha e guardados no bolso. Além de práticos, esses dispositivos seriam mais resistentes do que as frágeis estruturas rígidas que se partem com facilidade.
O metal condutor elástico guarda o segredo na nanoengenharia. Outros condutores flexíveis são fabricados de nanotubos, que se deslocam quando esticados. Esse movimento costuma alongar as ligações químicas e criar lacunas, que prejudicam a corrente elétrica. Já o material desenvolvido em Michigan usa nanoesferas, que se comportam de forma diferente e podem se mover em uma variedade maior de direções. Ao ser puxado, ele simplesmente reorganiza as partículas em correntes inteligentes que continuam transmitindo a eletricidade.
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