No último sábado, o avião do projeto Solar Impulse completou um percurso de 1,2 mil quilômetros sem uma gota de combustível, concluindo o primeiro dos cinco trechos de uma jornada pelos Estados Unidos. A energia do Sol foi tudo o que a aeronave usou para decolar de São Francisco, na sexta-feira, e chegar a Phoenix 18 horas depois, um tempo três vezes maior que o de um voo comercial. A viagem serviu como teste para a tecnologia idealizada há 10 anos por uma dupla de exploradores suíços. Depois de cruzar os EUA, eles pretendem usar a força solar para dar a volta ao mundo em 2015.
A divisão do plano de viagem leva em conta as limitações do avião, que tem velocidade média de 65km/h, e a segurança do piloto, que precisa lutar contra as condições meteorológicas enquanto mantém a frágil máquina em movimento, a 6,5 mil metros de altitude, numa minúscula cabine. Tudo o que separa o comandante do clima de -40;C é um fino conjunto de fibras de carbono e isolamento térmico. O projeto minimalista da aeronave solar não permite o uso de piloto automático nem muito conforto. Durante as quase 20 horas de voo, descansar ou mesmo ir ao banheiro não são uma opção.