Jornal Correio Braziliense

Tecnologia

Estudo sugere uso limitado de tecnologias para combater aquecimento global

Parece até roteiro de ficção científica, mas a discussão e o desenvolvimento de tecnologias para manipular o clima da Terra e reduzir os impactos do efeito estufa são reais e atendem pelo nome de geoengenharia. As técnicas variam da colocação de espelhos na órbita do planeta para diminuir o impacto da radiação solar a árvores artificiais que retiram o gás carbônico da atmosfera. Mas até que ponto uma interferência desse tipo no meio ambiente é segura?

A resposta a essa pergunta é: não se sabe. Nem mesmo os estudiosos dedicados ao tema arriscam responder quais seriam os efeitos de uma alteração nos fenômenos químicos, físicos e biológicos do planeta. As chances de agir como Victor Frankenstein e transformar o planeta em um monstro incontrolável, admitem, são enormes. O que não significa que a ideia tenha sido abandonada. Mostra disso é um estudo publicado na edição deste mês da revista Nature Climate Change no qual três pesquisadores dos Estados Unidos simulam, por meio de um modelo computacional, algumas técnicas de manipulação da radiação solar e buscam prever seus efeitos sobre a Terra, levando em conta a época e o local onde forem aplicadas.