Os músicos estão todos a postos e esperam somente o quinto integrante da orquestra para iniciarem o ensaio que antecede as apresentações marcadas para amanhã e domingo no evento Tubo de Ensaios, da Universidade de Brasília. Quando Víctor Valentim, graduando em composição pela UnB, chega ao local do ensaio com as mãos livres, o maestro Eufrásio Prates logo questiona: ;Cadê seu instrumento musical?;. Prates, entretanto, não pergunta por um violino, uma flauta ou um trompete. Ele quer saber onde está o notebook de Valentim.
Não, esse ensaio não é o de uma orquestra comum, mas de uma formada apenas por laptops. ;A segunda do Brasil. A primeira surgiu em São Paulo;, conta Eduardo Kolody, produtor musical e integrante do grupo que tocará neste fim de semana. Com cinco computadores munidos com webcam externa, os músicos utilizarão um software desenvolvido por Eufrásio Prates para encher os corredores da UnB com os arranjos complexos e para lá de diferentes da chamada música holofractal.