Depois de fazer uma parceria com catadores de lixo da cidade de São Lourenço, em Minas Gerais, que vendiam as garrafas já prensadas, Adriano começou a desenvolver o produto. O resultado foi um computador que, vazio, pesa apenas 200 gramas e, depois de montado, 800 gramas. Ele tem um tamanho até 12 vezes menor do que um desktop tradicional e usa cerca de 20 garrafas pet. A placa-mãe e o processador são de baixo consumo energético e para a fonte foram desenvolvidas peças menores, a fim de evitar mais desperdício de material. ;O EcoPC tem a mesma durabilidade de qualquer outro computador. O pet é um material muito resistente, firme, durável, e, após seu processamento, ele se torna parecido com o plástico industrial utilizado em notebooks;, explica.
Desempenho
O empresário mineiro, que agora trabalha com outras seis pessoas na empresa AJA Tecnologia (Ajatec), comercializa o EcoPC por aproximadamente R$ 590. Até agora, foram vendidos 1.020 gabinetes e eles já negociam com investidores a produção em grande escala. ;Pretendemos vender 100 mil peças por ano, com aumento gradativo da produção e geração de 200 empregos diretos e 500 indiretos. O lucro será, em média, de 60% e desejamos retornar parte da lucratividade ao catadores, e outra a projetos ambientais.;
Sobre o desempenho da máquina, ele explica que a configuração de hardware varia, já que pode ser escolhida pelo cliente. O computador, que ainda está em fase de patente, tem 500GB de HD, memória de 4GB e processador Intel 1.8 dual-core. O plano do empresário é utilizar a mesma ideia para fabricar outros produtos futuramente. ;Estamos desenvolvendo um projeto de tablet feito de garrafas pet.;
Além de gerar empregos para os catadores de lixo da cidade, o projeto do EcoPC também inclui um programa de reciclagem. ;Após três anos de uso, a empresa comprará a máquina de volta pelo valor de sua reciclagem e, assim, o EcoPC será o primeiro computador retornável do mundo. Do velho faremos o novo, sendo um ciclo infinito e sustentável;, garante.