Nova York - A empresa Google espiou ilegalmente os internautas que navegavam na rede usando Safari, o navegador da Apple, disse o jornal The Wall Street Journal, apesar de o buscador ter assegurado que isso se deveu a um erro e que havia desativado os códigos que permitiram esse seguimento.
Google e outras empresas de publicidade usaram códigos de programação especiais escondidos nos comandos do Safari para vigiar e registrar os hábitos de navegação de milhões de usuários, segundo o jornal, que completou que já tinha deixado de fazê-lo.
Após ser contatado pelo jornal, o Google desativou a função, afirmou o artigo.
O popular buscador de internet reconheceu que efetivamente havia instalado os ;cookies; (ferramentas que registram informação sobre as ações dos usuários de internet) em questão para ativar algumas funções permitidas pelo Safari, mas sem saber que permitiam também a outros cookies publicitários do Google a se instalar nesse navegador.
A versão do navegador da Apple instalada por defeito em muitos dispositivos dessa marca, explicou a companhia, bloqueia os ;cookies; (dispositivos) de terceiros, mas permite a seus usuários "muitas funções web" como o botão de ;like;.
Por isso, criou um "nexo temporal de comunicação entre os navegadores de Safari e os servidores do Google", afirmou o gigante de informática.
No entanto, "não tínhamos antecipado" que o Safari dispõe de uma função "que permitia a instalação no navegador de outros cookies publicitários do Google", disse o buscador, que confirmou que havia começado a retirar esses ;cookies;.