Historiadores costumam dizer que é fundamental conhecer o passado para entender o presente e se preparar para o futuro. A ideia pode ser aplicada em todas as áreas, até mesmo na tecnologia, setor em que as coisas ficam ;velhas; em tempo recorde. Computadores de última geração serão considerados ultrapassados daqui a seis meses e se tornarão verdadeiras peças de museu dentro de cinco anos. Foi pensando nisso que um grupo de professores e alunos da Universidade de São Paulo (USP) reestruturou o Museu da Computação Professor Odelar Leite Linhares, em São Carlos, o primeiro do país ligado a uma instituição de ensino.
O museu existe oficialmente há 10 anos, mas a coleta do material começou bem antes, ainda na década de 1970. O então professor Odelar Leite Linhares, que faleceu em 2005, passou a guardar instrumentos de cálculo obsoletos, já imaginando que as peças desapareceriam com o desenvolvimento da informática. ;Era quase como uma coleção pessoal do professor Odelar, que queria preservar equipamentos relativos à matemática. Anos mais tarde, veio a proposta de juntar isso à computação;, conta a professora Elisa Yumi Nakagawa, do conselho coordenador do museu.
Elisa Yumi Nacagawa, do conselho coordenador do Museu de Computação da USP, fala sobre a formação do acervo