São Paulo ; Foram 340 expositores, 500 marcas representadas e cerca de 30 mil clientes ávidos por conhecer e adquirir os produtos ligados a foto, vídeo e, pela primeira vez na feira, eletrônicos para o consumidor final, como celulares, netbooks e televisores. A PhotoImageBrazil e a Brazil Consumer Electronics Expo mostraram as principais novidades do mercado. ;A convergência tecnológica permitiu que as empresas ampliassem seu campo de ação no mundo da imagem. A feira ganha com isso, e os empresários e profissionais que usam a imagem como ferramenta de trabalho ou objeto para negócios agradecem;, afirmou Duda Escobar, show manager dos eventos.
A grande vedete da PhotoImageBrazil, claro, ficou por conta das câmeras digitais. Os novos aparelhos que captam imagens em 3D foram os destaques. Tanto a Sony quanto a Fujifilm lançaram equipamentos desse tipo. A alta definição também não ficou de fora e as câmeras chegam com resolução elevada e funções que permitem melhorar a imagem e auxiliar na hora de bater a foto, evitando que ela saia tremida ou capturando o momento exato (assim, ninguém sai de olhos fechados).
Ainda no campo da imagem, as filmadoras também entraram na era tridimensional. Os dispositivos da Aiptek e da Panasonic já dão ao usuário a oportunidade de gravar em três dimensões. Para complementar essa área, as empresas apresentaram projetores, aparelhos de televisão, videogames e Blu-rays compatíveis com a tecnologia e que prometem revolucionar o modo de assistir a filmes e programas. Os preços ficaram mais acessíveis. O Blu-ray da Sony, por exemplo, que acompanha um filme, sai por R$ 999.
Os profissionais do ramo puderam aprender mais com as palestras da feira. A Adobe fez apresentações para mostrar o funcionamento e os detalhes de seus programas de edição de imagem, como o Photoshop CS5. No Fórum PhotoImageBrazil, evento paralelo à feira, três profissionais da área deram palestras e mostraram como chegaram ao sucesso. O estande da iPhoto também deu aos clientes a chance de entender melhor os universos da fotografia e da impressão.
A China é logo ali
Pela primeira vez na feira, as empresas chinesas ganharam um pavilhão exclusivo para expor os produtos. No China Pavillion foi possível encontrar pilhas, cabos de rede, máquinas fotográficas, filmadoras e outros aparelhos vindos do outro lado do mundo. No total, 145 expositores chineses participaram do PhotoImageBrazil.
De acordo com a organização do evento, a ala dos chineses não é para separá-los das outras empresas, mas sim para apresentar ao público todas as opções de negócios do país. Além disso, a união dos expositores serve, segundo a empresa organizadora, para tirar a impressão de que todos os produtos chineses são desprovidos de qualidade e apenas copiam aparelhos já famosos.
No entanto, ao andar pela ala, é possível identificar nos produtos características de outros já conhecidos pelo grande público. Em um estande, por exemplo, o Bluberry tem os mesmos formato, trackpad e visor do Blackberry, mas possui câmera de 0.3MP e espaço para dois sim cards. O preço não foi divulgado pelo feirante, que vende apenas no atacado. O mesmo aconteceu com os produtos da empresa de Steve Jobs. O iPad, por exemplo, tem entre os seus clones o iRobot, que roda Android, e o IM101, com sistema operacional Windows 7 e câmera de 1.3MP.
Alguns produtos são inovadores. O ventilador que não usa pás para funcionar, por exemplo. O ar passa por um círculo que amplifica e dá potência ao vento, refrescando o ambiente. Do mesmo modo que os eletrônicos, a empresa também não divulga preços e só vende para companhias interessadas. Os negócios pareceram fluir bem, mesmo com a precária comunicação em português. Alguns feirantes disseram ter fechado grandes negócios para trazer os produtos ao Brasil.
O jornalista viajou a convite da Reed Exhibitions Alcantara Machado