Jornal Correio Braziliense

Tecnologia

Google Maps é processado por ter indicado caminho perigoso

Uma mulher apresentou uma queixa contra a Google depois de ter passado por maus momentos ao ser atropelada por um carro quando andava em uma estrada considerada perigosa, acidente que, segundo ela, teve como responsável o programa Google Maps, que não a advertiu sobre o perigo.

Lauren Rosenberg, originária de Los Angeles, exige em um tribunal 100.000 dólares de indenização à Google em razão dos ferimentos e do trauma psicológico causados por seu acidente, ocorrido no dia 19 de janeiro de 2009, indicaram nesta terça-feira fontes judiciais.

Rosenberg havia utilizado o serviço do site de cartografia on-line Google Maps em seu smartphone Blackberry para avaliar a distância (cerca de 1,2 km) de um endereço a outro em Park City, estação de esqui de Utah (oeste), que ela desejava cobrir a pé.

O Google Maps propôs que ela percorresse uma parte da estrada de Deer Valley, uma via local desprovida de acostamentos e onde os carros trafegam a velocidades insensatas, de acordo com documentos fornecidos pelo tribunal.

"A Google não advertiu Rosenberg sobre os perigos que encontraria nessa estrada, pelo contrário, a encorajou a seguir por esse caminho", indica seu advogado Allen Young em uma cópia do processo divulgado pela revista on-line Search Engine Land.

Durante uma simulação realizada pela AFP nesta terça-feira, o Google Maps propôs a escolha entre dois itinerários: um que evitava claramente indicar a estrada em questão e outro que advertia para a eventual ausência de acostamento.

O anúncio deste processo gerou discussões on-line acaloradas sobre o nível de responsabilidade dos pedestres relativo a sua própria segurança nas estradas.