Conversar em comunicadores na internet é algo bem comum. Segundo dados da própria Microsoft, são 320 milhões de usuários só do programa Windows Live Messenger (antigo MSN Messenger). Mas com as redes sociais despontando, o papo tem migrado para sites e serviços, como o Twitter e o Facebook, que têm seu próprio comunicador embutido.
E o Orkut, líder em usuários no Brasil, também não fica de fora dessa característica, já que é integrado ao Gtalk, comunicador do Google. Para ;frear; a nova concorrência e ajudar contra os opositores tradicionais, a equipe de desenvolvimento do Windows Live apresentou uma série de recursos que integrarão o programa em um futuro próximo.
Alguns deles vêm direcionados a rivais diretos no mundo dos comunicadores, caso da conversa com vídeo em alta definição ; recurso presente na última versão do Skype. Mas a grande mudança tem a ver mesmo com as redes sociais. No fim das contas, o Messenger tentará funcionar como um integrador dos serviços espalhados pela rede.
;Nossa intenção é fazer com que as pessoas fiquem mais próximas dos contatos que mais a interessam;, pontua Dharmesh Mehta, diretor de Windows Live, que esteve no Brasil com o CEO da Microsoft, Steve Ballmer, e apresentou as novidades do serviço. Mas Mehta deixou bem claro que as mudanças não são para já: ;Ainda não temos nem o beta;.
O futuro Windows Live apresentado por Mehta vai trazer, vinculado aos contatos dos usuários, as atualizações em outros serviços, como Flickr, e redes sociais. Até agora, estão incluídas MySpace, Twitter e Facebook. Sobre a ausência do Orkut, uma promessa: ;Estamos conversando com todas as grandes redes e a intenção é agregar o máximo de informação;.
Aos estudantes da Universidade de São Paulo (USP), na palestra da semana passada, Steve Ballmer usou as novidades do Messenger como um exemplo do que a computação em nuvem poderá fazer pelos usuários. ;Estamos integrando nossos produtos e serviços para que trabalhem melhor dessa maneira;, prometeu Ballmer, citando redes como a do console Xbox.
VERSÃO BETA - PARA TESTES
Quando um programa em fase de desenvolvimento vai ficando pronto, ganha versões de teste, para que usuários reais possam ajudar a descobrir o que tem de ser melhorado. Numa fase inicial, a versão alfa é liberada, depois vem a beta, que, em geral, é a última antes do lançamento oficial. É bom lembrar que quem topa usar softwares que não estão finalizados corre certos riscos, como possibilidades de erros e abrir espaço para a insegurança.
Entenda as principais inovações:
Messenger
Messenger connect ; traz informações de outros serviços e redes sociais. Assim, o usuário do comunicador não precisa criar logins em outros lugares para acompanhar as atualizações de seus contatos.
Busca integrada
A janela de conversação trará uma caixa para busca usando o serviço da empresa, o Bing. Assim, o usuário consegue compartilhar os resultados apenas arrastando o conteúdo para a caixa de conversa.
Destaques de atualização
Mais ou menos como funciona a página de atualizações do Facebook, o Messenger oferece um integrador de todas as novidades dos contatos, dentro do programa, dando prioridade aos favoritos.
Lista única
Em vez de mostrar as várias facetas, em diferentes serviços, de cada contato, integra tudo em um só. Ainda oferecerá a possibilidade de que o usuário escolha a forma de interagir e o caminho que a mensagem seguirá.
Alta definição
Além da resolução melhor do vídeo, as conversas desse tipo ganham um novo layout, mais elegante, com espaço para a imagem dos usuários. Também será possível deixar vídeos gravados para contatos offline.
E mais
Pela apresentação dos novos recursos, ficará mais interessante e fácil trazer elementos extras para a conversa. É o caso das fotos. É possível compartilhar um álbum inteiro do Flickr e ainda acompanhar, juntos, as fotos em slideshow.
Números
O Brasil tem o maior número de usuários do Messenger no mundo, com 46 milhões ;Hoje, ele é responsável por cerca de 25% dos minutos gastos na internet no Brasil. Não poderia haver lugar melhor para um anúncio importante como esse;, afirma Osvaldo Barbosa de Oliveira, diretor-geral do grupo de serviços online e consumo da Microsoft Brasil.
O jornalista viajou a convite da Microsoft Brasil