Jornal Correio Braziliense

Tecnologia

Canal com o consumidor via web: novas portas abertas

Ao lançar um canal na internet onde os consumidores podem ter mais informações sobre determinados serviços ou produtos, as empresas abrem as portas para que o público interaja, tire dúvidas e se decida por uma marca específica. No entanto, apesar de especialistas concordarem que esse tipo de ação é sempre benéfica para as companhias e para os consumidores, um estudo realizado pela E.Life, consultoria especializada em inteligência de mercado na web, mostra que, dependendo da área de atuação de cada empresa, o tipo de mídia online utilizada pode variar.

O estudo realizou uma análise dos links que aparecem na primeira página de resultados de mecanismos de buscas relacionadas a diversas marcas (lembradas no Top Mind 2008) e constatou que os resultados mostram que a participação de cada tipo de mídia na busca é diferente para cada categoria de negócio. Para realizar a pesquisa, a consultoria distribuiu 10 categorias (entre telefonia celular, bancos, carros, cartões de crédito, companhias aéreas, computadores, seguros, etc.) em quatro diferentes tipos de mídias: sites corporativos, de compra e venda, de notícias e aqueles gerados pelo consumidor (como blogs, enciclopédias, sites de reclamação, fóruns, entre outros).

[SAIBAMAIS]De acordo com a pesquisa, os sites corporativos compõem a maioria dos resultados da primeira página no caso de seguros (69%), seguidos pelas operadoras de celular (60%) e bancos (86%). Os sites de compra, por sua vez, dominam os resultados para companhias aéreas (60%) e eletrônicos, como celulares (54%), aparelhos de TV (63%) e computadores e acessórios (57%). Já as mídias geradas pelo consumidor representam um percentual importante dos resultados em categorias como cartão de crédito (37%), carro (26%) e computadores e acessórios (22%).

No entanto, as redes sociais ou mídias geradas pelo consumidor aparecem em peso no resultado de pesquisas feitas por categorias como cartões de crédito, o que demonstra que as opiniões de outros consumidores, elogios ou críticas, podem influenciar no momento pré-compra. Outra constatação é a de que sites colaborativos como o Wikipedia, sites de recomendação e reclamação como Reclame Aqui e fóruns como o Guia do Hardware aparecem frequentemente na primeira página de resultados das marcas.

;O Google pode ser o início do processo de uma decisão de compra e, ao fazer uma busca, o consumidor pode ser levado para uma rede social que tenha comentários sobre o produto. Isso mostra que, mesmo que ele não seja um participante ativo de mídias sociais, o cliente pode ser influenciado por elas;, comenta Alessandro Barbosa Lima, diretor da E.Life.