Jornal Correio Braziliense

Tecnologia

Novos recursos apresentados pelos fabricantes tornam as fotos do dia a dia mais confiáveis

Tela sensível ao toque, a exemplo da que já existe nos celulares, também facilita o manuseio

Cena corriqueira: festa de aniversário de criança. Seu filho corre a mil por hora com dezenas de amigos sem parar um minuto. Bom momento para uma foto? Antigamente, não. Agora, novos recursos garantem o foco onde ele deve estar e o estabilizador de imagem ainda evita imagens tremidas, mesmo em uma perseguição ao pequeno velocista. "O consumidor ainda busca pela quantidade maior de megapixels. E para a indústria é importante continuar com esse desenvolvimento. Mas as pessoas também estão mais exigentes com a qualidade final das fotos, principalmente quando procuram a segunda câmera da família ou querem substituir a que têm hoje", acredita Emerson Stein, diretor nacional de vendas da Kodak. Entre os novos recursos, um dos que mais chamam atenção é o reconhecimento de face, que trabalha de forma diferente da ferramenta que existe atualmente. Em uma foto com vários rostos, a câmera lembra as carinhas conhecidas e dá prioridade a elas na hora de focar. Assim, se o fotógrafo tem vários rostos enfileirados ou aglomerados, o do seu filho estará no centro das atenções. E mesmo a detecção de rosto não está mais tão simples. Deixou de somente focar as faces em detrimento do cenário. A FujiFilm, por exemplo, incorporou um sistema no timer que só dispara o clique quando a máquina reconhece que duas pessoas estão diante da lente. Já os modelos da AgfaPhoto trazem uma nova versão do disparo com o sorriso. Em vez da câmera disparar assim que encontra o rosto sorridente, ela apenas avisa ao fotógrafo que está tudo pronto para o clique. E é o usuário que decide ou não se é a melhor hora de apertar o botão. Se o dispositivo pode atrapalhar na hora de pegar modelos arredios, ajuda a evitar a captação de sorrisos amarelos e despreparados. Outro item que tem se tornado cada vez mais obrigatório para os consumidores de câmeras digitais é o estabilizador de imagem. Na FujiFilm, por exemplo, a máquina evita fotos tremidas com um sistema que movimenta o CCR, sensor que capta a imagem. Já a Panasonic trouxe versões mais poderosa de seu dispositivos, o Mega O.I.S, para momentos mais complicados. Detecção de movimento Mas somente os recursos citados acima, sozinhos, não resolvem todo o problema da correria na comemoração. O movimento das crianças também é um grande empecilho para bons cliques, gerando fotos borradas. Para resolver esse ponto, a novidade é a detecção do movimento do objeto-alvo. Enquanto o alvo se movimenta, o foco acompanha e ajuda a garantir o disparo do botão na hora certa.

Atualmente, dos modelos apresentados na Photoimage Brasil, apenas as máquinas mais baratas das fabricantes estão vindo sem o estabilizador de imagens, que deve ser considerado item básico para quem não quer passar raiva com a câmera. Outra tendência é migrar dos celulares para as câmeras o recurso das telas sensíveis ao toque. Em um dos modelos da Yashica, o fotógrafo consegue, tocando no display, escolher onde o foco da foto deve estar. Mais fácil, impossível. Para os modelos que não têm touchscreen, o acelerômetro ajuda na hora de passar a foto: é possível colocar a câmera no modo widescreen apenas com um leve movimento. Máquinas a prova d'água e de quedas Quase todos os fabricantes trouxeram opções que podem ser molhadas e até fotografam dentro d%u2019água. A resistência varia entre 3m e 10m de profundidade. Para serem encontrados no fundo de uma piscina, por exemplo, os modelos chegam em cores fortes, que lembram as das máquinas de brinquedo. Mas se você pensa que a novidade é coisa para criança, mude de ideia, pois os valores chegam a R$ 1.999. A que vai mais fundo (10m) é a câmera subáquatica AP DC-600uw da AgfaPhoto, marca alemã que volta ao Brasil este ano. O modelo tem 6MP e peca por não trazer zoom ótico, que faz fotos aproximadas com mais qualidade. O digital é de 5x. Os modelos estão disponíveis nas cores laranja, branco, preto e azul. A máquina filma e exporta os vídeos em formato adequado para o YouTube (MPEG).

A japonesa Yashica, que volta ao Brasil este ano, lançou na feira a EZ UW- 5, com resistência de até 3m e disponível em amarelo e verde. "O produto foi planejado para ser mais fácil de encontrar em uma eventual perda debaixo d%u2019água e tem revestimento emborrachado, que permite melhor aderência quando a máquina está molhada", explica Alencar Gomes, gerente de marketing e produtos da importadora FTG, que trouxe o modelo ao Brasil. Resistência Já a primeira máquina à prova d%u2019água da FujiFilm só sobrevive a até 3m debaixo d%u2019água. O modelo Z33WP pode até resistir menos quando submerso, mas apresenta vantagens técnicas, como o zoom de 3x, a resolução de 10MP e a tela maior que as dos demais produtos, com 2,7 polegadas. A maquininha também tem aproximação digital (5,7x) e pesa 110g. Mas o modelo topo de configuração para as resistentes é o Panasonic Lumix TS1. Na profundidade, empata com a concorrente da Fuji e fica bem atrás da Agfa, com 3m de resistência, mas a resolução das fotos é maior (12.1MP). O zoom ótico também é superior (4,6x) e o digital se aproxima de 10x. Disponível em quatro cores (azul, laranja, prata e verde), o modelo ainda filma em HD.