Diante da pandemia do coronavírus, os japoneses estão cada vez mais céticos em relação aos Jogos Olímpicos de Tóquio nas datas previstas, entre julho e agosto. O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, garantiu novamente no sábado que Tóquio sediará as Olimpíadas, apesar das dúvidas crescentes devido à propagação da Covid-19, que causou a anulação de diversos eventos esportivos no mundo.
O Japão sofre relativamente com poucos casos de infectados por coronavírus, com 814 ocorrências de contágio e 24 falecimentos registrados. Os habitantes de Tóquio, porém, começam a mostrar um certo receio com a iminente chegada de visitantes estrangeiros para os Jogos.
Em uma enquete com mil participantes publicada ontem pela agência de notícia japonesa Kyodo, 69,9% das pessoas indagadas afirmaram não acreditar que Tóquio poderia sediar os Jogos nas datas previstas. Outra pesquisa da emissora pública NHK indicou que 45% dos japoneses se opõem ao evento. A governadora de Tóquio, Yuriko Koike, declarou na semana passada que o cancelamento era algo “impensável”.
A decisão será responsabilidade do Comitê Olímpico Internacional (COI), que planeja seguir as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS). O presidente do COI, Thomas Bach, analisará a situação hoje em videoconferência com as federações esportivas internacionais. “Continuamos confiantes em organizar os Jogos”, publicou em nota.