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Suspeita de crimes maiores

Investigação sobre Ronaldinho Gaúcho e o irmão, Assis, no Paraguai, apura conexão com possível caso de lavagem de dinheiro. Até o momento, dupla segue presa no país vizinho

A promotoria paraguaia ampliou a investigação criminal que envolve Ronaldinho Gaúcho e Assis, seu irmão. O Ministério Público solicitou várias informações de outras instituições e também apura uma possível conexão do caso com lavagem de dinheiro.

A investigação criminal iniciada no Paraguai contra Ronaldinho e Assis, além de outros empresários paraguaios e brasileiros, vem seguindo rumos inesperados nos últimos dias. Inicialmente, o caso era sobre uma simples falsificação de documentos de identidade para os irmãos. No entanto, a história começou a tomar outras direções desde sexta-feira à noite.

Quando tudo indicava que Ronaldinho poderia deixar o Paraguai de acordo com solicitação dos promotores que inicialmente estavam envolvidos no caso, a oposição de um juiz a liberá-los da investigação e a mudança de postura da Procuradoria Geral do Estado terminaram com a prisão de ambos.

Sandra Quiñónez, titular do Ministério Público, ordenou ao promotor Osmar Legal que se encarregasse do caso contra Ronaldinho. Ele é um jovem procurador da Unidade Especializada de Combate à Lavagem de Dinheiro. Apesar de sua "inexperiência", ele já conseguiu realizar processos contra poderosos políticos paraguaios.

No âmbito da investigação sobre a produção e utilização de documentos de conteúdo falso, pelos quais os irmãos Ronaldinho e Assis são processados e mantidos sob custódia, bem como o empresário Wilmondes Sousa Lira e duas mulheres paraguaias, Legal também solicitou a prisão da empresária Dalia López.

Relatórios

O promotor do caso havia solicitado relatórios ao subsecretário de Estado de Tributação e à Secretaria de Prevenção à Lavagem de Dinheiro. O requerimento está totalmente centrado em Dalia, a mulher que levou o craque para o país, cuja imagem deveria ser usada por sua fundação Fraternidade Angelical.

Fontes do Ministério Público do Paraguai disseram no país que essa série de pedidos poderia complicar ainda mais a situação processual de Ronaldinho e Assis. A promotoria, por outro lado, disse que não pode dar mais detalhes sobre a investigação, porque ainda deve verificar todas as informações que têm recebido.