Nascido em Porto Alegre, Espinosa iniciou a carreira no futebol como lateral-direito do Grêmio. Foi jogador durante oito anos, tendo passado ainda por CSA, Esportivo e Vitória, até se tornar técnico.
Espinosa rodou por diversos clubes do Brasil, com destaques para as passagens por Grêmio e Botafogo, times pelos quais possuía mais identificação, por ter alguns dos títulos emblemáticos da história de ambas as equipes: o Mundial de 1983 pelo time gaúcho, dirigindo nomes como Hugo De León, Mário Sérgio, Paulo César Caju e Renato Gaúcho, e o Estadual de 1989 pelo alvinegro carioca, encerrando um jejum de 20 anos graças ao gol marcado por Maurício na decisão contra o Flamengo.
Ele também comandou equipes do exterior, como o Cerro Porteño, do Paraguai, o Al-Hilal, da Arábia Saudita, o Tokyo Verdy, do Japão, e o Las Vegas City, dos Estados Unidos.
Aos 72 anos, Espinosa havia passado por uma cirurgia na região do abdômen no último dia 17, teve complicações e não se recuperou. Ele deixa a mulher, Graça, e os filhos Rivelino e Allan.
Em homenagem a Espinosa, o Botafogo decretou luto de três dias. O velório foi realizado no Salão Nobre de General Severiano, ontem, das 15h às 22h. “É com muita dor e imenso pesar que o Botafogo de Futebol e Regatas comunica o falecimento do professor Valdir Espinosa, aos 72 anos. Comandante do título Carioca em 1989, Espinosa exercia a função de gerente técnico desde dezembro de 2019. Muito querido no Clube por torcedores e por quem conviveu com ele no dia a dia, Espinosa vai fazer muita falta.”
“Sua liderança, exemplo e ensinamentos seguirão no Botafogo como legado dessa figura tão representativa na história do clube. O presidente Nelson Mufarrej decretou luto oficial de três dias. Em sinal de respeito por este grande profissional, o pavilhão alvinegro de General Severiano encontra-se a meio mastro”, publicou o Botafogo em nota oficial.
O São Paulo também lamentou o falecimento de Espinosa. “Um vitorioso e respeitado esportista do nosso país. O clube se solidariza e presta condolências aos familiares, amigos e admiradores do ex-treinador, atleta e dirigente.”
“Perdi meu segundo pai, meu irmão mais velho, meu exemplo, meu grande e fraterno amigo. Foi pelas suas mãos que cheguei ao Grêmio e consegui dar para a minha família tudo que sempre quis. Vai ser difícil superar mais essa perda, mas temos de seguir em frente. Vá com Deus, meu grande amigo”
Renato Gaúcho, técnico do Grêmio