Cada clube vem adotando uma estratégia diferente para aperfeiçoar a habilidade dos goleiros. O Bragantino, campeão da Série B e com vaga garantida na elite de 2020, promove treinos em que os defensores atuam como jogadores de linha.
“Tentamos priorizar a técnica de execução e a escolha das melhores opções de passe. Para isso, utilizamos como metodologia os treinos específicos e os trabalhos com o grupo”, explica Rodrigo Bruns, preparador de goleiros do time de Bragança.
“Frequentemente, o Zago (Antonio Carlos, ex-técnico da equipe) utilizava os goleiros como jogadores de linha nos exercícios. Isso aumenta muito a complexidade dos estímulos, o que é benéfico para o desenvolvimento dos goleiros. O uso de vídeos dos nossos jogos e exemplos que ocorrem com outros goleiros também são ferramentas muito utilizadas. Com certeza, o trabalho com os pés é uma das prioridades atacadas nos treinamentos, mas não podemos deixar de considerar que o goleiro é uma posição prioritariamente defensiva, e os treinamentos devem ser direcionados principalmente para essas ações”, completa Rodrigo.
No Fortaleza, clube comandado por Rogério Ceni, autor de 61 gols de falta quando atuou como jogador, a exigência é ainda maior. “A gente faz muito o trabalho de passe todos os dias. Também é importante o trabalho de percepção e o controle emocional. É um conjunto de situações. Além disso, o Rogério exige muito ao trabalhar as situações de jogo”, diz Guto Albuquerque, preparador de goleiros do time cearense. “Não temos muitas dificuldades, porque o Felipe Alves era jogador de linha e começou a carreira no futsal”, completa.