A Supercopa do Brasil entre o campeão brasileiro Flamengo e o vencedor da Copa do Brasil Athletico-PR foi oficializada ontem pela CBF para Brasília, em 16 de fevereiro, às 11h. Polêmico, o horário da Supercopa do Brasil foi liberado em 11 de dezembro após julgamento no Tribunal Superior do Trabalho. Ação apresentada pelo Ministério Público do Rio Grande Norte impedia a CBF de agendar jogos entre 11h e 14h sob risco de a entidade ser multada em
R$ 55 mil. O TST derrubou a decisão por unanimidade.
A escolha da CBF pelo horário também levou em conta outro objetivo: proporcionar aos torcedores que irão à partida uma experiência de entretenimento completa em Brasília. Haverá uma agenda de eventos na cidade integrados ao jogo, com atividades e shows que se prolongarão pelo fim de semana.
;Iniciaremos por Brasília e nossa ideia é espalhar essa experiência para uma grande cidade brasileira a cada ano. Vamos abrir a temporada com um importante título em disputa e proporcionar uma experiência diferenciada para os torcedores que forem ao jogo;, disse o presidente da CBF, Rogério Caboclo.
Além de disputarem o primeiro título nacional da próxima temporada, Flamengo e Athletico-PR dividirão premiação total de R$ 7 milhões, sendo R$ 5 milhões para o campeão e R$ 2 milhões para o vice. A competição é disputada em jogo único. Em caso de empate no tempo normal, a taça será decidida nos pênaltis. Inicialmente marcada para 19 de janeiro, a Supercopa do Brasil teve a data remarcada em razão da participação do Flamengo no Mundial de Clubes da Fifa, encerrada no último sábado. Os clubes e a CBF reservaram o Mané Garrincha para fevereiro e março, mas optaram pela primeira opção. Há choque de data com os estaduais, mas as partidas do Flamengo e do
Athletico-PR no Carioca e no Paranaense serão remarcadas.
A competição teve duas edições disputadas, mas há quase 30 anos. A CBF resolveu ressuscitá-la. Em 1990, o Grêmio, campeão da Copa do Brasil de 1989, bateu o Vasco, vencedor do Brasileirão, por 2 x 0, em Porto Alegre, e um empate sem gols, no Rio de Janeiro. Na temporada seguinte, em jogo único no Estádio do Morumbi, em São Paulo, o Corinthians superou o Flamengo, ganhador da Copa do Brasil, por 1 x 0.
Preocupação
Nos bastidores, há preocupação quanto ao estado do gramado do Mané. A questão é saber quem deixará o campo pronto para a Supercopa.
A relação da empresa prestadora do serviço com o Governo do Distrito Federal é tensa. Em setembro, a Greenleaf abandonou os serviços depois de ser avisada de que o dinheiro para a manutenção havia acabado. Em contrapartida, alegou falta de pagamento.
Houve renegociação, promessa de quitação do débito de
R$ 480 mil e retomada dos trabalhos até 26 de janeiro. No dia seguinte, o Consórcio BsB Boulevard, Show e Bola assumirá a administração do complexo esportivo. Em tese, o gramado ficaria 20 dias sem manutenção.
O Correio apurou que a nova previsão do pagamento é quinta-feira, ou seja, o dia seguinte ao feriado do Natal. Ao assinar o contrato com a CBF, o GDF assumiu o caderno de encargos do torneio e dá garantias de que o evento da entidade máxima do futebol não será prejudicado por fatores extracampo.
O termo aditivo para manutenção do gramado do Mané Garrincha foi publicado em 28 de maio no Diário Oficial do Distrito Federal com previsão de investimento de R$ 775.101,48 em 12 meses. O acordo iria até abril, porém, a privatização do estádio mais caro da Copa do Mundo 2014 antecipou o fim do contrato para 26 de janeiro. Sem receber jogo oficial desde a vitória do Fluminense sobre o Corinthians, em 17 de agosto, o piso passa por reformas para a temporada 2020. O Candangão começa em 25 de janeiro.