A disputa em Santiago da final única da Copa Libertadores 2019 entre Flamengo e River Plate será discutida hoje entre a Conmebol e os presidentes dos dois clubes e das associações de Brasil, Argentina e Chile, diante da inusitada crise social enfrentada pelo governo de Sebastián Piñera.
Um surpreendente tuíte da Confederação Sul-Americana convocando Claudia Tapia (AFA), Rogério Caboclo (CBF) e Arturo Salah (ANFP), além dos presidentes do Flamengo, Rodolfo Landim, e do River Plate, Rodolfo D;Onofrio, para ;revisar todos os aspectos da organização da final única;, aumentou os boatos de uma possível mudança de sede e de data para a disputa da decisão.
Mas fontes da Conmebol asseguraram que até ontem a sede da final única segue sendo o Estádio Nacional de Santiago, com capacidade para 49 mil espectadores, e a data é 23 de novembro. O presidente do Chile, Sebastián Piñera, por meio da ministra dos Esportes, Cecilia Pérez, ratificou na semana passada a garantia oferecida pelo governo para a realização do jogo.
A confirmação foi dada apesar da inusitada agitação social que há quase duas semanas afeta o Chile, deixando 20 mortos e levando o governo a suspender o Foro de Cooperação Ásia Pacífico (APEC) e a conferência do clima, a COP-25, dois eventos internacionais que estavam previstos para serem realizados entre novembro e dezembro.
O técnico defensor do título, Marcelo Gallardo, se mostrou preocupado com a situação no Chile e disse acompanhar de perto os fatos que ocorrem no país. ;Não cabe a mim chamar a Conmebol para perguntar sobre a situação. Por enquanto, sinto-me inquieto e está tudo muito preocupante e delicado para o povo chileno;, comentou o treinador. ;Queremos que os problemas sejam resolvidos para o bem do povo, e o jogo passa para um segundo plano. Apesar de ser a final da Copa Libertadores, há situações mais importantes e delicadas;, completou.
O River Plate vai defender o título continental contra o Flamengo, um ano depois de tê-lo conquistado vencendo o arquirrival Boca Juniors, em Madri, em uma inédita final disputada pela primeira vez fora do continente americano, devido aos incidentes de violência antes da partida de volta no estádio Monumental de Buenos Aires.
Uma alternativa viável pode surgir de outro torneio organizado paralelamente pela Conmebol. A entidade realiza na capital paraguaia os últimos preparativos para a final única da Copa Sul-Americana entre o Colón, da Argentina, e o equatoriano Independiente del Valle, que será disputada no sábado, em La Olla Monumental, do clube Cerro Porteño, estádio com capacidade para 45 mil espectadores.
;Sinto-me inquieto e está tudo muito preocupante e delicado para o povo chileno. Queremos que os problemas sejam resolvidos para o bem do povo, e o jogo passa para um segundo plano. Apesar de ser a final da Copa Libertadores, há situações mais importantes e delicadas;
Marcelo Gallardo, técnico do River Plate