No início do século passado, o mundo foi dividido em dois polos: um comandado pelos Estados Unidos, o outro, pela Alemanha. Após a Primeira Guerra Mundial, um alemão de 20 anos se atentou para a necessidade de um calçado específico para cada esporte. Adolf Dassler, chamado de Adi, criou modelos especiais para corredores, como a alemã Lina Radke e o norte-americano Jesse Owens. O sucesso dos dois nas Olimpíadas de Amsterdã-1928 e de Berlim-1936, respectivamente, deu início a um mercado que, hoje, novamente, é dividido entre alemães e norte-americanos: as marcas de chuteiras.
Da junção do apelido do fundador do calçado especial com a primeira sílaba do sobrenome dele, se originou a Adidas, em 1947. A essa altura, Adi Dassler também produzia botas para jogadores de futebol. No ano seguinte, Rudolf Dassler, irmão que dividia a parceria, lançou a própria empresa, a Puma. Quase duas décadas depois, era criada mais uma concorrente nos Estados Unidos: a Nike. Atualmente, as três marcas calçam os pés dos adolescentes da Seleção no Mundial Sub-17.
A pouca idade das promessas brasileiras que buscam a segunda vitória no Mundial contra a Nova Zelândia, hoje, às 20h, no Estádio Bezerrão, não impede compromissos firmados com fornecedores esportivos. Os uniformes do Brasil são da Nike em função do acordo entre a empresa americana e a CBF. A escolha das chuteiras é livre. A preferência de mais da metade do elenco é pela marca usada por Cristiano Ronaldo, Neymar e Mbappé: 12 dos 21 calçam Nike ; número confirmado ao Correio pela multinacional.
O badalado Talles Magno e João Peglow, artilheiro do Brasil no torneio com dois gols, estão entre os adeptos da grife norte-americana. Há quem, mesmo tendo Cristiano Ronaldo como principal referência no futebol, prefira a marca usada pelo francês Griezmann e o uruguaio Luis Suárez, ambos do Barcelona. Trata-se do atacante Gabriel Verón do Palmeiras, que fez bela estreia nos 4 x 1 sobre o Canadá. Ele está entre os seis que optam pela Puma.
Precursora dos calçados especiais para a prática de esportes, a Adidas tem menos predileção na Seleção. Talvez, nem os meias Sandry e Matheus Araújo ou o lateral-esquerdo Patryck conheçam a história que carregam nos pés. O trio mantém viva a herança deixada pelo precursor Adolf Dassler, ao usar a marca das três listras.
Jovens são visados pelas fornecedoras de material esportivo. Eleito cinco vezes melhor do mundo, Cristiano Ronaldo fechou com a Nike aos 18 anos. Hexa no prêmio, Messi assinou com a Adidas aos 19, em 2006. Ambos são protagonistas da guerra fria entre as maiores etiquetas.
R$ 73 milhões
Valor que Cristiano Ronaldo recebe por ano da Nike. O jogador eleito cinco vezes melhor do mundo tem contrato com a marca desde os 18 anos
Guerra das marcas
Guerra das marcas
Jogador Posição Fornecedor
Cristian - goleiro - Nike
Marcelo - goleiro - Nike
Matheus Donelli - goleiro - Nike
Gustavo Garcia - lateral - Puma
Yan - lateral - Nike
Patryck - lateral - Adidas
Renan - lateral - Puma
Henri - zagueiro - Nike
Luan Patrick - zagueiro - Nike
Gabriel Noga - zagueiro - Nike
Daniel Cabral - meia - Nike
Diego Rosa - meia - Nike
Matheus Araújo - meia - Adidas
Pedro Lucas - meia - Puma
Sandry - meia - Adidas
Talles Costa - meia - Nike
Gabriel Veron - atacante - Puma
João Peglow - atacante - Nike
Lázaro - atacante - Nike
Kaio Jorge - atacante - Puma
Talles Magno - atacante - Nike
20h
Bezerrão
Gama
Mundial Sub-17
2; rodada (Grupo A)
Transmissão
SporTV
Árbitro
Mario Escobar (Guatemala)
Ingressos
Categoria 1
R$ 40 e R$ 20 (meia)
Categoria 2
R$ 20 e R$ 10 (meia)
Brasil
; Matheus Donelli
; Henri
; Luan Patrick
; Yan
; Patryck
; Daniel Cabral
; Talles Costa
; Talles Costa
; Peglow
; Gabriel Veron
; Talles Magno
; Kaio Jorge
Técnico: Guilherme Dalla Déa
Nova zelândia
; Paulsen
; Naickee
; Hills
; Strong
; Bright
; Wilson
; Bark
; Hamilton
; Stamenic
; Van Hattum
; Garbett
Técnico: José Manuel Figueira