A boa estreia no primeiro Mundial Sub-17 sediado no Brasil, com quatro gols nas 33 finalizações que fez contra o Canadá, levou as arquibancadas do Bezerrão ao êxtase pela ofensividade apresentada em campo pelos jovens jogadores. Mais orgulhosos ainda estavam os pais de muitos daqueles que jogavam um futebol fácil e alegre, apesar da fragilidade do adversário.
E outro torcedor tornou o dia ainda mais especial para os jovens da seleção. O ex-zagueiro Juan, de passagens marcantes pelo Flamengo, pelo Bayern de Munique e pela própria seleção, que viveu a mesma experiência desses rapazes há 21 anos, esteve no vestiário brasileiro antes da partida para passar boas vibrações e segurança.
;Quando eu disputei o Sub-17, tivemos a presença do Jorginho e do Leonardo, duas referências na época, que tinham sido campeões do mundo (em 1994). E influencia muito positivamente para o jogador;, comentou Juan. Muitos pais dos atletas também marcaram presença nas arquibancadas para prestigiar os jovens do Brasil. Fator que ajuda, mas que acaba gerando uma pressão a mais, segundo a visão do técnico do Brasil, Guilherme Della Dea.
;Poderíamos melhorar, mas era uma estreia. Com ansiedade, muitos dos atletas estão jogando com os pais do lado, a torcida toda. Mas foram muito efetivos;, avaliou Della Dea. O treinador ainda elogiou a atuação de Talles Magno, que foi participativo, mas não marcou gol.
;Muitas vezes a gente cobra do Talles ou de qualquer outro atleta, mas é importante ter o entendimento tático. O Talles fez movimentos que deixaram os companheiros livres em alguns momentos para fazer o gol, caso do João Peglow e do Gabriel Veron.;
Talles Magno, por sua vez, não se deixou abalar. Avaliou positivamente a estreia e sabe bem o que precisa melhorar para a continuidade do torneio. ;A vitória é o mais importante. Claro que todos nós queremos jogar bem. Fiz um bom jogo. Agora é trabalhar mais para acertar o ponto final da finalização;, disse, depois da partida.
Sobre os dois jogadores que balançaram a rede pelo Brasil na estreia, Della Dea também exaltou a ofensividade deles. ;Buscam o tempo inteiro o gol. O Peglow tem uma finalização de longa e média distâncias fantástica;, avaliou. Depois dos quatro gols, a seleção relaxou e permitiu que o Canadá crescesse até marcar o de honra. Ajustes que o treinador diz que trabalhará para que a equipe se imponha diante da Nova Zelândia, terça-feira. (MN)