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Gringo com fome de títulos, Zach Graham explica ida para o Flamengo

Ala do Flamengo fala sobre as expectativas para a temporada. Hoje, o rubro-negro encara o São Paulo

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;Flamengo é um time que conheço há anos. Sempre respeitei e sempre tive vontade de ter uma oportunidade de jogar em um time assim, com uma tradição vencedora, para vencedores e com um técnico vencedor;

Jornalista de formação, grande reforço do Flamengo para a temporada, ex-jogador do Universo/Brasília e segundo cestinha da edição passada do NBB, Zachary Darnell Graham ; o Zach Graham ; retornou à capital para defender outras cores. Em entrevista ao Correio, o experiente ala/armador, de 30 anos, comentou sobre as expectativas para a temporada, a passagem pela equipe brasiliense e uma disputa com Tracy Mcgrady por uma vaga na NBA.

Com média de 19,12 pontos por jogo no campeonato anterior, Zach começou o NBB 12 com força total. Anotou 17 pontos em 85% de aproveitamento na estreia, diante do Minas, e liderou o time à vitória. Depois disso, contra Brasília e Paulistano, não foi tão bem e anotou 12 pontos na soma das duas partidas, mas saiu vitorioso. Sem se incomodar com o aspecto individual, Zach tenta ajudar o rubro-negro a conquistar o sexto título do NBB e acumular mais um troféu na carreira ; o 10; ;, que conta com Liga das Américas e Copa Intercontinental, da Fiba.

Hoje, diante do São Paulo, Zach e o Flamengo entram em quadra para manter a invencibilidade na competição. O rubro-negro joga em Brasília por conta de acordo feito com o Banco de Brasília (BRB), que patrocina o clube. A partida está marcada para as 21h10, no Ginásio da Asceb.

O que te inspira?

Minha família. Meu pai e minha mãe. Tudo o que eu aprendi na vida veio deles. Eles me ensinaram a ser um homem, a ser um homem de Deus, a ser responsável, profissional e respeitoso. E eu levo isso comigo desde que eu saí para jogar no exterior, quando tinha 22 anos.

E no basquete?

Todo mundo fala de Michael Jordan e jogadores assim. Mas na minha geração, realisticamente falando, como eu não assisti ao Jordan direito, é o LeBron. Depois da escola, eu sempre ia pra casa e assistia aos vídeos do LeBron no meu computador. Eu baixava todos os vídeos dele no High School e assistia todos os dias. Ele é minha inspiração.

Por que você usa o número 32?

Foi o número que meu treinador da AAU (União Atlética Amadora) deu para mim quando eu estava começando a jogar basquete nos Estados Unidos. Eu tinha 10 anos de idade e uso esse número desde então. Tem um grande significado, porque esteve comigo por toda a minha vida. É mais do que apenas um número.

E por que você usou a número 1 no Universo/Brasília?

Eu pedi ao time para usar a 32 e me disseram que estava sendo usada. Aí eu disse: ;Bom, então a gente inverte. Quero a 23;. Mas era do Nezinho. Então, falei: ;Tanto faz. Eu fico com a número 1.;

Como foi a experiência na NBA?

No ano em que eu saí da faculdade, ocorreu o lockout (a greve dos atletas da NBA reduziu o número de jogos da temporada regular). Então, tudo era curto. A fase de treinamento geralmente dura um mês e meio, mas naquela ocasião foram duas semanas. O período de avaliação era muito curto. Fui convidado a treinar no Golden State, no Utah e no Atlanta, duas vezes. O Atlanta me chamou de novo e me disse que queria me levar para o campo de treinamento, mas a liga estava em lockout. Então, eu fui para a D-League. Quando a liga abriu, eles me levaram de volta para o campo de treinamento. Eu fiquei lá até a pré-temporada e depois me mandaram para a D-League, porque a avaliação só teve duas semanas novamente, e eu estava disputando posição com Jerry Stackhouse, Tracy McGrady e Joe Johnson. Era difícil. Então, terminei o ano na D-League e fui jogar no exterior.

Como você veio parar no Brasil?

Meu agente me ligou e falou que tinha diferentes ofertas de vários lugares do mundo. Ele falou sobre o Universo/Brasília, a organização e como o NBB seria uma boa liga para jogar. Eu confiei nele e vim. Estou feliz por ter tomado essa decisão, porque estou realmente gostando de jogar aqui.

O que achou de jogar em Brasília ano passado?

Eu amei. Os fãs, a cidade, as pessoas, meus companheiros. Eu amei. Foi uma grande experiência. Estou feliz em estar de volta à cidade.

E por que deixou o Universo/Brasília para ir ao Flamengo?

Flamengo é um time que conheço há anos. Sempre respeitei e sempre tive vontade de ter uma oportunidade de jogar em um time assim, com uma tradição vencedora, para vencedores e com um técnico vencedor. Estou muito feliz e empolgado com a temporada. Sinto que estou aprendendo e crescendo desde que cheguei.

Quais são os objetivos para esta temporada?

Vencer.

Ser MVP é um objetivo?

MVP é bom, mas quero ganhar o título. Independentemente do torneio que jogarmos, queremos ganhar. Queremos ganhar tudo. Treinamos duro todo dia para isso.

E como está sendo sua experiência no Flamengo?

Tem sido incrível. Trabalhando duro e ficando melhor a cada dia. Todos são profissionais e têm uma mentalidade vencedora todos os dias. O técnico Gustavo ensina o jogo muito bem e aprendo muito com ele. Ele nos lidera, com o Franco (Balbi) e o Marquinhos, que são jogadores para se espelhar. Estou realmente gostando.

Você começou a temporada com um grande jogo contra o Minas, mas não foi tão bem contra Universo/Brasília e Paulistano. Qual sua avaliação sobre esse início no NBB 12?

Temos um bom time, muito competitivo. Meu papel no Brasília, no ano passado, e minha missão no Flamengo, agora, são completamente diferentes. Mas é uma coisa boa. Temos um elenco qualificado, temos várias pessoas que podem contribuir e pontuar. Eu estou me ajustando à dinâmica.

PROGRAME-SE

NBB 2019/20
Flamengo x São Paulo
Quando: Hoje
Local: Ginásio da Asceb (904 Sul)
Horário: 21h10
Ingressos: R$ 60 (estudantes, sócio-torcedor do Flamengo e clientes do Cartão BRB pagam meia-entrada)