Era para ser um empate até com um gostinho de vitória, pois representava a continuação do Fluminense fora da zona do rebaixamento e um certo alívio. Mas o 1 x 1 com o Santos ; que ainda jogou boa parte com um jogador a mais, pois o time carioca teve um jogador expulso ; somente expôs a profunda crise nas Laranjeiras. O episódio envolveu o meia Paulo Henrique Ganso e o técnico Oswaldo de Oliveira.
Tudo começou quando o treinador decidiu fazer a substituição. Irritado, Ganso xingou Oswaldo dizendo: ;você é burro, burro pra c...;. O treinador respondeu chamando o jogador de ;vagabundo;. O preparador de goleiros André Carvalho, o auxiliar Marcão e alguns companheiros tiveram que intervir e conter o meia. Sentado no banco, Ganso continuou reclamando.
Mas o mal-estar não parou por aí. No decorrer da partida, num gesto claro de afronta a Oswaldo, Ganso colocou o colete e ficou na beira do campo conversando com os companheiros e orientando a equipe, ignorando o treinador.
Depois do jogo, Ganso foi perguntado sobre o bate-boca. ;Eu não trabalho para ele, eu trabalho para o Fluminense e procuro ajudar meus companheiros, como estava fazendo dentro de campo. Foi uma discussão que houve dentro de campo e não tem como pedir por favor e falar obrigado. Faz parte do jogo. Vamos conversar lá dentro e ver o que vai acontecer;.
O clima permaneceu ruim porque os torcedores que compareceram ao Maracanã ficaram ao lado de Ganso. Depois da saída do jogador e da discussão entre as partes, gritos de ;burro; e ;pede para sair; vieram das arquibancadas.
Na entrevista ao final da partida, Oswaldo não conseguia esconder o incômodo com a situação. Mas fez questão de amenizar, pois havia se acertado com Ganso no vestiário.
;Vivemos um momento muito difícil, intenso. Às vezes os ânimos passam dos limites, como acabou acontecendo. Quero dizer que está tudo resolvido entre mim e o jogador. É natural que numa circunstância adversa do jogo, haja um desentendimento. Só que eu não desrespeito ninguém. Não desrespeito principalmente nenhum superior meu, respeito a hierarquia. No momento que fui desrespeitado, tomei a atitude que achei que tinha que tomar. Mas, depois, resolvemos o problema;, explicou.
Sobre o jogo, Soteldo marcou para o Santos (39 do 1; tempo) e Lucas Veríssimo (47 do 1; tempo) empatou para o Fluminense, fazendo contra.