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Depois de acumular vexames na Copa do Brasil, Série D e Copa Verde, o DF coloca em cartaz o último torneio do calendário profissional: conheça os 10 candidatos ao título da segunda divisão local





Após uma coleção de eliminações precoces de Brasiliense e Sobradinho nas disputas da Copa do Brasil, Série D e Copa Verde, resta apenas uma competição neste ano no calendário dos clubes de futebol profissional do Distrito Federal. O Candanguinho, como é chamada carinhosamente a segunda divisão, começa hoje com 10 times em busca de duas vagas à elite em 2020.

Brasília, Samambaia, Ceilandense, Botafogo, Paranoá, Planaltina, Legião, Cruzeiro e Samambaense buscam o acesso. Entre os participantes, somente Brasília (8) e CFZ (1) conquistaram o título da primeira divisão e tentam retomar o caminho da glória. Os jogos de abertura estão marcados para às 15h30.

A novidade é a fórmula de disputa. A competição terá turno único, com todas as equipes jogando entre si. Após a realização das nove rodadas, o primeiro e o segundo colocados garantirão presença no Candangão 2020.

Provável palco da finalíssima da segundinha, o Mané Garrincha recebeu na semana passada o Clássico dos Milhões entre Vasco e Flamengo, abrigará Fluminense x Corinthians em 19 de setembro, mas até a última segunda-feira não tinha os laudos técnicos pontuais para os duelos da segunda divisão local. O problema foi solucionado e o local está liberado para o torneio.

Em nota, a Secretaria de Esporte e Lazer informou ontem: ;O Estádio Nacional nunca foi aprovado ou desaprovado para receber as partidas do Campeonato Brasiliense ; segunda divisão. O esforço da pasta foi contribuir com a Federação de Futebol de Brasília e com os clubes locais para que eles tivessem estádios para a realização do campeonato, observando três critérios: ;O Estádio Mané Garrincha seria priorizado para a realização de jogos do Campeonato Brasileiro da 1; divisão e grandes eventos; O Bezerrão seria priorizado para receber as reformas com vistas à realização da Copa do Mundo Sub 17, em outubro; a Secretaria de Esporte e Lazer se reuniria com as Administrações Regionais e os órgão do GDF para os ajustes necessários para a emissão dos laudos, além de dialogar com os clubes da Série B para que tivessem disponíveis os gramados para a realização das partidas, nos seguintes estádios: Serejão, Abadião, Augustinho Lima, Rorizão e JK.

*Estagiários sob a supervisão de Marcos Paulo Lima



Os 10 clubes

Botafogo-DF

; Levou o título da segundinha em 2006, ainda como Clube Esportivo Guará. No ano seguinte, chegou com moral no Candangão e foi vice-campeão. Ganhou vaga direta para a Copa do Brasil e a Série D. Em 2009, o Botafogo-RJ fez acordo com o Guará para revelação de atletas em troca de jogadores sem espaço na matriz. O Botafogo-DF já teve no elenco Túlio Maravilha e Sérgio Manoel Para a segundinha 2019, o alvinegro local aposta no treinador Danilo Fiúza. O plantel não tem jogadores badalados, mas com peças de confiança do treinador que podem render bons frutos.

Brasília

; O time mais tradicional a disputar o torneio tem o sonho de retornar à elite e alcançar os tempos de glória. O Colorado é octacampeão da cidade. A coleção de títulos não traduz o momento do clube, que está na segundinha desde 2018. A equipe aposta na mescla de juventude e experiência para chegar ao objetivo. Com a ascensão de atletas da base e a chegada de reforços como o goleiro Márcio Fernandes, o volante Erisson, o meia Igor Kopke e o atacante Gazito, o Brasília inicia a competição como um dos favoritos ao acesso. O clube foi campeão em 2001 e 2008.

Ceilandense

; Campeão da Série B em 2009, permaneceu na elite até 2015. Teve a melhor classificação em 2010: quarto lugar. Depois do rebaixamento, o clube se desestruturou e não conseguiu se reerguer. Em busca do seu lugar no Candangão 2020, o time buscou peças que atuaram na primeira divisão local e reformulou o elenco. Foram nove jogadores contratados por empréstimo, entre eles, o goleiro Matheus Lorenzo (ex-Capital), o meia Rodrigo Menezes (ex-Taguatinga) e os atacantes Marquinhos Paracatu (ex-Taguatinga) e Betinho (ex-Gama).

Cruzeiro

; Com a ausência do seu estádio, Ninho do Carcará, o time celeste mandará jogos no Augustinho Lima, em Sobradinho, a 26,3 km de casa. Em 2014, o Cruzeiro foi vice-campeão da segundinha e garantiu vaga para o Candangão 2015. Dois anos depois, não conseguiu a permanência e retornou. Desde então, participou de todas as edições da Série B. A aposta é no técnico. Marcos Gonçalves comandará a equipe repleta de jogadores vindos do sub-20 e alguns mais experientes para compor o elenco. Uma mescla que mostrou bons frutos no passado.

CFZ

; Campeão invicto do Distrito Federal em 2002, com 19 vitórias e sete empates, o Centro de Futebol Zico (CFZ) foi o fiel da balança na segundinha em 2018. Perdeu os quatro jogos que disputou, além de sofrer 27 gols e marcar apenas seis. O clube que leva o nome do ídolo do Flamengo costuma ir para os torneios com elenco mais jovem e sem muita experiência para dar bagagem aos jogadores. Neste ano, o clube segue com trabalhos mais reservados e não divulgou muitas informações. A estreia será fora de casa contra o Paranoá, no Estádio JK.

Legião

; Após boa campanha na segundinha do ano passado, sendo eliminado pelo finalista Taguatinga, o time criado em homenagem à banda Legião Urbana chega em 2019 com o ânimo renovado. Após a confirmação do técnico Marquinho Carioca no comando do time, o Legião aposta na continuidade do trabalho como trunfo para o acesso. Com cinco participações no candangão e uma disputa de Série C do Campeonato Brasileiro no currículo, em 2008, o time laranja busca retornar ao alto escalão do futebol do Distrito Federal, lugar que não ocupa desde 2014.

Paranoá

; Em 2004, o Paranoá conquistou o único título profissional: a segundinha. Bateu o Santa Maria. Conseguiu até vaga para a Série C. Entre quedas e acesso, voltou à elite do DF em 2017 e caiu em 2018. A Cobra Sucuri é liderada pelo técnico Vandinho SIlva. Ao todo, 31 atletas se apresentaram para os treinos. São sete reforços vindos do Capital, com destaque para o goleiro Bismarck, o zagueiro Lúcio e o atacante Klismann. Além dos jogadores do Capital, o beque Eduardo José (ex-Gama), os meias Yan e Max (ex-CFZ) e o volante Helinho (ex-Ceilândia) prometem ajudar o time.

Planaltina

; Famosos por ter revelado o zagueiro Lúcio, campeão mundial com a Seleção na Copa 2002 e da Champions League em 2010 com a Inter, o clube participou da série C de 1995 e de 1996 nos bons tempos, mas tenta escapar da segunda divisão desde 2015. Para este campeonato, a diretoria se inspira na boa campanha do ano passado. O time foi eliminado na semifinal pelo campeão Capital. O Galo tenta dar um passo a mais e, sob o comando de Jorge Medina, alcançar a tão sonhada disputa do Campeonato Candango na temporada do ano que vem.

Samambaense

; Fundado em 2000, o Samambaense só chegou a jogar a elite do campeonato candango uma vez, quando foi rebaixado com a campanha de uma vitória e nove derrotas em 11 jogos. Apostando na qualidade do conjunto, o time chega ao torneio com time reformulado e o sonho do acesso à primeira divisão renovado. Uma das atrações será a rivalidade entre os dois representantes da cidade na segunda divisão do Campeonato do Distrito Federal. O duelo aguardado no bairro é o confronto com o Samambaia, em 21 de setembro, provavelmente no Rorizão.

Samambaia

; A direção do Taguatinga, 10; colocado no último Candangão, assumiu a gestão do Samambaia. O clube passava por problemas financeiros e não participaria do candanguinho. A nova administraão arrumou a casa e herdou a vaga deixada pelo Brazlândia. Com a reformulação no clube, os dirigentes trouxeram a base do time de Taguatinga para jogar a segundinha neste ano pelo Samambaia. A única participação da Cobra Cipó no Candangão foi no ano passado: rebaixamento na última colocação com uma vitória em 11 partidas.