Os sete suspeitos presos temporariamente durante a deflagração da operação Episkiros foram libertados na noite do último domingo. No sábado, durante a partida entre Botafogo e Palmeiras, no Mané Garrincha, a Polícia Civil do Distrito Federal cumpriu os mandados de prisão contra os empresários das empresas responsáveis pelo jogo, dois funcionários, além de moradores do DF e de Goiânia envolvidos na organização de partidas. Entre os detidos, estavam o ex-jogador Roni, com passagens pelo Fluminense e pela Seleção Brasileira, além do presidente da Federação de Futebol do DF, Daniel Vasconcelos.
O grupo é investigado por fraudar o público e a renda de jogos de futebol em grandes estádios, reduzindo os impostos a serem pagos, bem como os custos de locação das arenas. Seriam acusados, portanto, de falsidade ideológica, associação criminosa, lavagem de dinheiro, estelionato, sonegação fiscal e inclusão de dados falsos nos boletins financeiros das partidas.
Os documentos, celulares e computadores apreendidos durante a operação serão periciados. Há indícios de fraude em ao menos quatro jogos que tiveram os mandos de campo adquiridos pela empresa do ex-jogador. Ontem, a Federação de Futebol do DF publicou nota em que nega envolvimento com os supostos crimes. ;Assim sendo, o presidente segue firme no propósito de trabalhar com honestidade e transparência, como sempre o fez, pelo futebol do DF;, afirma o texto.
Caso seja comprovada a materialidade das provas, será solicitada nova prisão dos suspeitos. Não há prazo para conclusão das investigações, pois de acordo com o delegado responsável pelo caso, serão analisados dados desde 2015. O número de pessoas envolvidas nas fraudes pode aumentar.